Como pudemos prever aqui na coluna, essa Supercopa que o Palmeiras ganhou do Flamengo tinha razões de sobra para se tornar uma decisão inesquecível. Estávamos certos. Só não contávamos com um show de golaços no Mané Garrincha. Gols que o Rei Pelé certamente assinaria embaixo.
E, a propósito do Rei Pelé, foram emocionantes as homenagens que a CBF prestou ao Atleta do Século. Duas de suas filhas entraram no gramado com as três taças das Copas do Mundo conquistadas por Pelé, em 1958, 1962 e 1970. Impossível não se emocionar.
Quando a bola rolou, nós vimos um Palmeiras superior ao Flamengo no primeiro tempo – mas só no primeiro tempo. Depois do intervalo, o jogo ficou igual e muito mais emocionante, com as duas equipes buscando o gol a todo momento.
E é preciso respeitar a estrela e o faro de gol de Gabigol. Neste sábado, ele fez dois – um deles que mereceria uma placa no Mané Garrincha. Foi o seu 14º gol em finais.
Destaque também para o atacante Endrick. Impressionante a personalidade desse garoto, de 16 anos. Quando ele nasceu, em 2006, David Luiz, seu marcador, já estava sendo vendido pelo Vitória-BA para o Benfica de Portugal. Mas o menino deu trabalho demais e participou de dois gols palmeirenses.
Preparo físico
Mas o que definiu mesmo o resultado foi o preparo físico (ou a falte de). Gerson e Arrascaeta saíram de campo esgotados, quando o Palmeiras fez 4 x 3. Poderiam ter saído antes. O técnico Abel Ferreira foi mais esperto e fez muito mais substituições para garantir o fôlego do time.
Frustração para o torcedor do Flamengo? Nem tanto. Foi um jogo bonito de se ver e qualquer um dos dois times poderia sair de campo com a taça.
E esse Flamengo que está nas mãos de Vitor Pereira tem condições de ganhar muitos títulos neste ano. Depende muito do técnico. Abel Ferreira, por exemplo, já chegou a 10 finais. Ganhou sete.
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