Uma declaração de Jorge Sampaoli, após a derrota deste domingo (7/5) para o Athletico, sugere que o problema do Flamengo não é apenas do técnico. Ele disse:
“A realidade da minha chegada aqui foi para entrar no lugar de um treinador, mas tem a ver também com os jogadores. Se o time gera tantas chances e não consegue concretizar. Não é só fragilidade defensiva, é ofensiva”, ressaltou.
Analisamos os problemas do Flamengo e vislumbramos pelo menos cinco questões que são fundamentais para essa fase ruim que para não ter hora para acabar:
1) A despeito de viver uma situação financeira privilegiada, com faturamento anual superior a R$ 1 bilhão, o time de repente deixou de responder em campo. Rodolfo Landim e Marcos Braz estão preocupados, sim, mas eles se sentem respaldados por essa bonança financeira e acham que nem merecem ser criticados. Tipo assim: “Estamos fazendo a nossa parte; eles (os jogadores), não”.
2) Os cartolas tem se mostrado “bons vendedores” e “maus compradores”. Eles conseguem fazer excelentes negócios para vender jovens atletas para o exterior, mas na hora de fazer a reposição de peças estão optando por jogadores que não acrescentam quase nada, como Vidal e Cebolinha, por exemplo.
3) Como paga salários altíssimos a esses “medalhões” que chegaram e não deram retorno, o clube muitas vezes deixa de utilizar alguns garotos da base, porque não haveria justificativa para mandar os veteranos para o banco de reservas. No Flamengo, garoto bom é garoto que pode ser vendido. Necessariamente nem precisa jogar.
4) O time está mal fisicamente e sempre cansa no segundo tempo das partidas. “Ah, mas não houve pré-temporada… deram dois meses de férias…”, dizem os críticos. O problema já não é mais este. Já teria dado tempo para deixar todo mundo em forma. Mas, tomando Gabigol como exemplo, nota-se que tem gente acima do peso.
5) Aquela boa campanha de 2019, sob o comando de Jorge Jesus, talvez nunca mais se repita. Ocorre que a torcida criou uma expectativa alta demais. Nada parece mais satisfazer o sonho do flamenguista, a não ser ganhar e dar espetáculo em todos os jogos. Como isso não tem sido possível, o real e a fantasia se separam no final.
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