Não é segredo para ninguém que Rodrigo Faro sempre quis ser apresentador e tentou realizar esse sonho na TV Globo, quando era contratado da emissora e estava bombando nas novelas da casa. Mas seus planos não deram certo por lá e ele aceitou o convite da Record para enfrentar essa nova aventura profissional. Durante um bate-papo com Flávio Ricco e Gabi França, no Programa de Todos os Programas, transmitido pelo YouTube, ele abriu seu coração sobre essa fase de sua vida e a respeito do filme em que interpretará Silvio Santos.
Logo no início da entrevista, Rodrigo Faro contou que chegou a fazer um teste na Globo como apresentador, mas foi trocado: “Eu tinha gravado um piloto pro Fama. Olha que loucura. Eu trabalhava como ator e eles me chamaram para apresentar um piloto”, começou ele, antes de completar:
“Eu gravei esse programa e eles adoraram: [Falaram] ‘que legal, de repente a gente pode ganhar um apresentador aqui na Globo’. Quando estava tudo certo para eu fazer o programa, eles colocaram o Toni Garrido e a Angélica para apresentar. Me tiraram da apresentação”, recordou.
Em seguida, Faro lembrou a estreia na emissora: “Quando eu vim para a Record, eu vim para apresentar um programa de música, incialmente, o Ídolos, que era do mesmo estilo que o Fama. E todo mundo falava: ‘Não vai dar certo'”.
Ele contou como foi essa aposta: “Imagina, você sair da globo, bem, fazendo novela, fazendo um monte de coisas e, de repente, começar como apresentador em outra emissora. Mas era um sonho desde sempre”.
Ao ser questionado sobre ser um artista completo, que faz de tudo, ele falou sobre as adversidades de ser ‘multi’: “Aqui é raro é tinha até um preconceito. Porque [falavam] ‘você, afinal de contas, é o quê?’. Não tem a coisa do artista. Isso no Brasil não é muito comum, foi uma coisa que busquei, quebrar esse paradigma e tô conseguindo, aos poucos”.
Sobre o filme Silvio Santos — O Sequestro, no qual vai interpretar o dono do SBT: “Foi o maior desafio da minha vida como ator. Eu tava 14 anos sem atuar, com toda a responsabilidade que, por si só, já é uma cilada. Você pega um comunicador, que as pessoas conhecem a voz e a maneira de falar, pra interpretar o maior de todos, que todo mundo conhece”, declarou.
E continuou: “Não é um ator que vai lá fazer o Silvio Santos. É um comunicador vivendo um outro comunicador infinitamente maior. Meu medo era, desde o primeiro segundo de filme, era: as pessoas não podem ver o Rodrigo Faro”.
Rodrigo Faro, então, revelou o segredo para viver o “patrão”: “A primeira coisa que fiz foi fugir do caricato. Minha grande preocupação foi pegar a prosódia do Silvio quando ele não está no palco. Comcecei a ouvir e falar ‘olha como ele faz a pontuação'”.
Ele ainda lembrou que foi até o Silvio para receber a bênção: “Pedi permissão para homenageá-lo. As pessoas precisam ser homenageadas em vida, não depois que se vai. Ele falou que só ia responder no palco, quando eu participasse dos Jogos dos Pontinhos. No programa, ele falou: ‘Pra mim é um ano novo de felicidade saber que vai ter um filme da minha vida e ainda mais que você vai fazer o Silvio’. Aí, eu senti o tamanho da responsabilidade que eu tinha”.
Com lançamento previsto para dezembro, Rodrigo falou um pouco sobre a história: “Vai pegar muito pela emoção. Ele conta a história daquelas oito horas que ele fica em poder dos sequestradores na casa dele. O sequestro é o fio condutor. Porque o que a gente vê é a história do Silvio mesmo, desde ele camelô até quando ele ganha a concessão do SBT. É muito rico e com muitas nuances. Tentei descobrir o Silvio por trás das câmeras, o que existe no meu coração”.
