As audiências envolvendo o assassinato do ator Jeff Machado estão sempre repletas de muita emoção e, agora, revelações. O ex-marido de Bruno Rodrigues, um dos acusados do crime, revelou ter sido estuprado pelo parceiro do produtor, Jeander Vinicius. E a coluna traz mais detalhes para vocês.
Isso mesmo, querido leitor. Na nova audiência do caso, realizada na segunda-feira (11/12), uma das 11 testemunhas ouvidas foi o ex-companheiro de Bruno. O rapaz, que não terá seu nome revelado, contou em juízo que foi violentado por Jeander e, em uma delas, Bruno estava ao telefone e testemunhou tudo.
Esta colunista que vos escreve conversou, com exclusividade, com o advogado da família de Jeff Machado, Jairo Magalhães, que opinou sobre os depoimentos coletados na segunda-feira (11/12).
“Esses depoimentos deixaram claro todo o entrosamento dos dois acusados, tanto Bruno quanto Jeander, em cometimentos de crimes. Essas 11 testemunhas individualizaram condutas de cada um dos acusados”, analisou ele.
Com uma nova data marcada para 26 de janeiro do ano que vem, Magalhães falou sobre expectativa dos familiares da vítima: “Estamos confiantes na Justiça para a próxima audiência. Esperamos que ambos os acusados sejam levados para a sessão planária do 1º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro”, encerrou.
Mãe de Jeff Machado não quis encarar o acusado
No fim de outubro, aconteceu a primeira audiência após o assassinato de Jeff Machado, encontrado morto dentro de um baú enterrado no quintal de uma casa na Zona Oeste do Rio. A coluna Fábia Oliveira descobriu que Maria das Dores, mãe do ator, não conseguiu ficar cara a cara com Bruno Rodrigues, mandante do crime. A próxima audiência está marcada para o dia 11 de dezembro.
“Tanto a mãe do Jefferson quanto o irmão pediram pra prestar depoimento na ausência do Bruno. A mãe do Jefferson fez diversos questionamentos como, por que o Bruno fez isso com o filho dela”, disse Jairo Magalhães, advogado da família do artista, lembrando que os depoimentos foram ouvidos das 13h25 às 20h05.
Ainda de acordo com o profissional da Justiça, foi a primeira vez que Maria das Dores ficou bem próxima de Bruno. “Ele foi retirado da sala de audiências a pedido dela”, ressaltou. Segundo Jairo, no momento que ela depôs, falou em alto e bom som, para que o acusado ouvisse seu desabafo. “Sem sombra de dúvidas o Bruno pôde ouvir da carceragem que fica na parte do fundo da sala de audiências”, prosseguiu o advogado.
Antes da audiência, Maria das Dores relatou a dor que sente pela perda do filho: “Meu coração sangra de dor e saudade. Espero que seja feita Justiça e que eles paguem pelo que fizeram, meu filho não tem volta, mas quero que eles paguem”.
E seguiu: “Não sou eu que vou dizer que mate ou morra, quero que dure mil anos pra sofrer a dor que eu estou sofrendo com a perda do meu filho. Espero que vivam muitos e muitos anos na pena máxima. Eu sei que mãe sofre quando perde, quando tem filho assassino, porque mãe é mãe, mas espero que seja feita Justiça”.
Para a audiência, foram convocadas 19 testemunhas, sendo 18 delas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), das quais quatro não foram localizadas, e outra indicada pela defesa, o investigador principal do caso, que é da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).
