Esta coluna já havia noticiado que Camila Loures foi condenada a indenizar, em R$ 25 mil, o motorista de Uber Marcos Ki Suk em uma ação judicial. Te contamos, ainda, que a youtuber foi rápida ao questionar a sentença e apresentar um recurso de apelação, buscando modificar a decisão do juiz. Mas, apesar de tudo isso, o caso ainda parece estar bem longe de ter um ponto final.
Isso porque, desta vez, com acesso exclusivo aos autos do processo, descobrimos que o motorista exposto e humilhado pela youtuber apresentou suas contrarrazões no processo. Isso significa que, enquanto Camila Loures sustentou motivos para que a decisão de sua condenação fosse modificada, Marcos elencou os pontos que, ao seu ver, tornam a sentença correta.
Após a manifestação de ambas as partes, a Justiça teve que se pronunciar. Mas, o recurso de apelação, apresentado por Camila Loures, não pôde ser efetivamente apreciado e julgado. Vamos te explicar: foi entendido pelo juiz que a câmara que recebeu o recurso não tinha, de fato, competência para recebe-lo e proceder ao seu julgamento. Essa seria uma responsabilidade de outra câmara e esfera. Com isso, os autos tiveram que ser redistribuídos, sendo encaminhados para quem, de fato, possui competência para o seu julgamento.
Diante do enfrentamento desses obstáculos, o caso levará mais tempo até que ganhe um desfecho definitivo. Em agosto desse ano, demonstrando não ter qualquer intenção de aceitar a sentença definida pela Justiça, Camila Loures comunicou nos autos que seus representantes legais desejam fazer uma sustentação oral, para solicitar a realização de um julgamento presencial ou por videoconferência.
Só nos resta aguardar para saber o que acontecerá com essa que já não é mais a ação de Camila Loures. Parafraseando a youtuber: este é o meu, o seu, o nosso processo judicial!
Relembre o caso envolvendo Camila Loures
Tudo aconteceu no dia 18 de maio de 2022, quando o motorista Marcos recebeu a solicitação de uma viagem de Camila Loures. Segundo os autos do processo, o rapaz afirmou que, assim como faz com todos os passageiros, buscou a influenciadora em seu ponto de embarque, que estava junto com um rapaz. Ele, então, pegou as bagagens dos passageiros, guardou no porta malas e seguiu com a viagem.
O motorista alegou que foi surpreendido com um pedido com o tom alterado vindo da influencer, solicitando que ele fechasse os vidros do carro. O motorista fechou a janela do lado direito (passageiro) e deixou um vidro do motorista semi fechado com uma distância de três dedos para não ficar 100% fechado.
Marcos disse que, não satisfeita, Camila esbravejou com ele em tom de superioridade alegando que mandou fechar todos os vidros e o mesmo teria respondido a youtuber que não poderia fechar totalmente, pois, como o momento ainda era de pandemia, os protocolos deveriam ser respeitados.
Segundo ele, mesmo com a explicação, Camila Loures teria dito que solicitou Uber Black e não Uber X (mais econômico) e alegou que apenas a opção mais barata era obrigada a seguir os protocolos, respeitando à risca as recomendações dadas pela OMS. O motorista teria negado o pedido da youtuber e afirmado que, caso ela não estivesse de acordo, poderia solicitar uma nova corrida com outro motorista.
Ainda de acordo com o profissional, após se impor, Camila teria gritado que não pediria outra corrida e que ele iria levá-la sim até seu destino final. No mesmo instante, o autor do processo contou ter estacionado o carro em um lugar seguro e protegido, retirado as bagagens do porta-malas e encerrado a viagem. Antes de partir, Camila disparou o chamando de “ridículo”, filmando e expondo toda situação de forma desconexa com a versão do motorista nos autos.
Camila Loures ainda postou em seu Instagram um vídeo contando sua versão e expondo o motorista. Após toda a situação, ele resolveu processar a youtuber em uma ação por danos morais, cumulada com dano à imagem, já que ela acumula mais de 18 milhões de seguidores nas redes sociais.
