Esta coluna já havia noticiado, no ano passado, que a cantora Claudia Leitte está enfrentando uma batalha judicial envolvendo um veículo da marca Peugeot que é de sua propriedade. A artista moveu uma ação contra os bancos PSA Finance, Kirton e Bradesco após descobrir que o carro tinha uma restrição decorrente de alienação fiduciária (garantia de pagamento pela transferência da posse de um bem para o credor), sem saber, contudo, quem foi o responsável por tal situação, já que ela não havia assinado qualquer contrato desse tipo.
Pois bem. A coluna agora traz novidades exclusivas sobre o caso. Nos documentos ao qual tivemos acesso, consta que o Banco Bradesco, envolvido no imbróglio, já apresentou sua defesa. Nela, a instituição bancária afirmou que é parte ilegítima para figurar no processo, ou seja, não deveria estar lá como ré.
Segundo o banco, o veículo foi alienado ao Banco PSA Finance Brasil S/A, e não ao Bradesco, desde 2004. Logo, o automóvel não pertence mais a ele e, dessa maneira, não possui qualquer responsabilidade dentro da narrativa apresentada pela artista. A instituição alegou, ainda, não ter qualquer relação com a restrição que recai sobre o carro de Claudia Leitte, sendo totalmente estranho aos fatos.
Depois que o Banco Bradesco apresentou sua defesa, a cantora não hesitou em apresentar a sua réplica. No documento, ao qual a coluna teve acesso, Claudia Leitte reafirmou a legitimidade da instituição para figurar no caso como ré. No final de abril deste ano, a artista afirmou não ter interesse na produção de provas, bem como disse não ter interesse na realização de audiência de conciliação.
No início de maio, por sua vez, o Bradesco tornou a afirmar ser ilegítimo para figurar no processo e pediu que a ação seja extinta sem o julgamento. Afirmou, ainda, não ter interesse na realização de conciliação e que suas provas já foram apresentadas junto de sua defesa.
Relembre o caso envolvendo Claudia Leitte
Claudia Leitte moveu uma ação judicial contra os bancos PSA Finance, Kirton e Bradesco, após descobrir que o seu veículo tinha uma restrição decorrente de alienação fiduciária. Desde que descobriu a situação, a artista passou a se deparar com uma série de desafios para tentar resolver a questão, travando uma verdadeira briga com diversas instituições financeiras.
A primeira informação que a cantora conseguiu foi sobre o responsável por incluir a restrição ser o Banco PSA Finance. Após tomar conhecimento desta informação, Claudia Leitte notificou extrajudicialmente o banco, solicitando que fosse apresentado o contrato de alienação fiduciária que gerou a restrição sobre seu automóvel. A resposta que a cantora teve foi a de que deveria fazer contato telefônico através dos números que lhe foram passados.
A cantora então entrou em contato com os números indicados e foi informada de que não havia qualquer ônus decorrente daquele banco. Também informaram que a alienação fiduciária teria sido determinada pelo banco Kirton, que é integrante do Grupo Bradesco.
Diante disso, Claudia Leitte notificou extrajudicialmente o Kirton Bank e o Banco Bradesco, solicitando a apresentação do contrato de financiamento do veículo para os devidos esclarecimentos. Ocorre que a resposta foi que a alienação fiduciária seria de responsabilidade do primeiro banco, o PSA Finance.
Os bancos ficam jogando a responsabilidade um para o outro, sem conseguir atender ao que Claudia Leitte solicitava e, diante desse cenário, a cantora procurou a Justiça.