Neymar pode ficar em maus lençóis com a Justiça francesa. O atacante do Al-Hilal, que se recupera de uma cirurgia e vai ficar afastado dos campos por quase um ano, está sendo acusado de “trabalho oculto” por uma empregada doméstica brasileira.
De acordo com o jornal Le Parisien, a mulher de 35 anos acionou o ex-astro do PSG no tribunal industrial e está exigindo 368 mil euros de indenização (quase R$ 1,940 milhão, na cotação atual).
Segundo o processo, revelado pela publicação, a autora da ação alega que trabalhava para o jogador sete dias por semana, entre janeiro de 2021 e outubro de 2022, quando ele atuava pelo PSG, na França. O caso foi encaminhado para o tribunal de Saint-Germain-en-Laye, no departamento de Yvelines.
O jornal francês relatou, ainda, que a brasileira cobra Neymar por horas extras não remuneradas e afirma que precisou trabalhar até 15 dias antes do nascimento prematuro do seu quarto filho, sem acompanhamento médico.
A matéria divulgou que a autora da denúncia anotava seus horários em um caderno, recebia 15 euros líquidos por hora (cerca de R$ 79) e trabalhava sem registro por quase 70 horas semanais. A funcionária não tinha direito a um único dia de folga.
Para dar entrada na denúncia, a moça foi auxiliada por associações de caridade, como Secours populaire e Restos du coeur. O Le Parisien descobriu que os representantes legais da brasileira enviaram carta para tentar acordo amigável com Neymar, mas não obtiveram retorno.
Estado de saúde após cirurgia
No último dia 2, após passar por cirurgia no joelho esquerdo, Neymar usou suas redes sociais para tranquilizar seus seguidores. O craque foi submetido ao procedimento, que durou mais de 4 horas, depois de ter rompido o ligamento cruzado anterior e o menisco. “Deu tudo certo. Obrigado pelas mensagens, e agora é foco na recuperação”, disse.
O atacante do Al-Hilal, da Arábia Saudita, está em recuperação pós-cirúrgica no Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Rodrigo Lasmar, médico da Seleção e do Atlético-MG, conduziu a operação e foi acompanhado por Juan David Peña, que é diretor médico do Al-Hilal. Em coletiva de imprensa, Lasmar afirmou que o procedimento foi um sucesso. O atleta ficará longe dos campos, a princípio, por 10 meses.
O lance que causou a lesão em Neymar aconteceu no dia 17 de outubro, durante a partida da Seleção Brasileira contra o Uruguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Na ocasião, o esportista acabou travando a perna esquerda no chão, numa dividida com o meio-campista De La Cruz.
