E parece que depois desta colunista trazer novamente à luz o caso judicial envolvendo Andressa Urach e Viviany Beleboni, as coisas finalmente terminaram! Foi prolatada nesta quarta-feira (27/9), uma sentença assinada pelo juiz Fábio de Souza Pimenta, da 32ª Vara Cível de São Paulo, dando um ponto final à batalha. E o resultado, que a coluna traz pra você com exclusividade, não foi nem um pouco favorável para a dona do bumbum mais polêmico deste país.
Esta colunista descobriu que o caso foi julgado de forma antecipada, visto que não era necessária a produção de novas provas para que o martelo fosse finalmente batido. Logo de cara o magistrado entendeu ser incontestável que as afirmações de Viviany fossem verdadeiras, já que a própria Andressa, em sua peça de defesa, confirmou que uma postagem foi realizada, embora há muito tempo já tenha sido removida.
O destaque da decisão fica para o entendimento do juiz de que a modelo agiu manipulando de forma indevida princípios morais e religiosos que contrariam os valores que ela mesma diz seguir. Ao menos, em sua “era” evangélica fervorosa, não é meus caros leitores?!
A sentença é clara ao afirmar o olhar preconceituoso da postagem com o público LGBTQIAPN+, a quem a publicação atribui, mesmo que de forma genérica, a culpa pelas dificuldades que o Brasil enfrentou durante a pandemia da Covid-19. No caso, a pandemia seria uma consequência divina aos atos tidos como “degenerados” de membros da comunidade.
A decisão chama atenção para o comportamento contraditório de Urach em relação aos valores que dizia pregar e aos atos preconceituosos ao qual deu origem à época. Sua reação à representação artística da autora foi considerada ofensiva não só contra ela, mas contra uma grande parcela da população.
Consta, inclusive, literalmente que: “a requerida passou por cima de princípios da igualdade e dignidade humana, que determinam que toda e qualquer pessoa deve ser tratada com respeito e de forma igualitária como detentoras de direitos e deveres, independentemente de seu credo, cor, raça, gênero ou orientação sexual, E isso não é passível de admissão”.
Após outras considerações sobre a extensão dos danos causados à autora, o nível de definição e visibilidade da imagem veiculada e outros itens, os pedidos foram julgados parcialmente procedentes. Com isso, Andressa Urach foi condenada a indenizar Viviany Beleboni em R$30 mil.
Entenda o caso:
Viviany Beleboni acionou a Justiça contra Andressa Urach e pediu uma indenização de R$ 104,5 mil por danos morais. A modelo trans acusou a ex-Fazenda de publicar uma imagem nas redes sociais em que seria associada a uma “vida de pecados” e ao “fim dos tempos”. Em 2015, durante a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, Viviany Beleboni encenou Jesus Cristo na crucificação. Na ocasião, ela desfilou em um trio elétrico pela avenida.
Na mensagem postada no dia 26 de março de 2020, Andressa Urach usou um painel contendo várias imagens, entre elas a de Viviany, e escreveu: “Nas imagens, algumas afrontas do Brasil. Se colocar do mundo não caberia no post. Mas o maior de todos os pecados é não ler a Bíblia… O mundo tem estado muito mais podre do que o mundo antes do Dilúvio ou mesmo na época de Sodoma e Gomorra… O pecado da humanidade de hoje passou dos limites e subiu aos céus. Essa pandemia é só um ensaio dos princípios das dores dos finais dos tempos. Te arrepende dos teus pecados e aceita Jesus como único salvador. Pode ser tua última chance”.
