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Doação de sangue para pets no DF: veja como funciona e os critérios

A doação de sangue para pets é um procedimento simples e rápido que pode salvar vidas. Veja onde realizar o procedimento no DF

atualizado 25/01/2024 10:47

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Foto colorida de um cachorro doando sangue - Metrópoles Getty Images

Imagina passar pelo difícil momento de perceber que seu pet precisa de uma transfusão de sangue urgente? Muitos tutores desconhecem a relevância dessa ação, mas a doação de sangue em cães e gatos pode ser crucial para salvar vidas. Além de ser rápido, é um processo extremamente seguro e eficiente.

De acordo com Plínio Rossi, médico veterinário pioneiro em medicina transfusional no Distrito Federal e proprietário do Centro Veterinário de Hemoterapia (CVH), a transfusão de sangue é indicada para os animais que apresentam uma diminuição das células sanguíneas ou fatores de coagulação por perda abrupta de sangue ou doenças crônicas.

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Cuidar adequadamente do animal é missão do tutor
Cachorros e gatos são ótimos companheiros, inclusive para crianças
O pet traz alegria ao lar
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Doar sangue é um gesto que salva vidas

Getty Images
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Cuidar adequadamente do animal é missão do tutor

Reprodução/Alto Astral
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Cachorros e gatos são ótimos companheiros, inclusive para crianças

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O pet traz alegria ao lar

Freepik

“O objetivo é tirar o animal de um quadro de hipóxia (baixa oxigenação) tecidual, controlar um sangramento ou prevenir um sangramento durante um procedimento cirúrgico. Logo, a transfusão não é para corrigir uma anemia, como muitos acreditam, e sim para tirar o animal de um quadro emergencial”, explica o expert.

Plínio, que também é sócio fundador da Associação Brasileira Veterinária de Hematologia e Medicina Transfusional (ABVHMT), afirma ao Metrópoles que o trabalho é feito com hemocomponentes, componentes sanguíneos separados por meio de técnicas laboratoriais para oferecer apenas o necessário ao pet.

Critérios e frequência ideal

Para um pet se tornar um doador de sangue, é essencial que o animal seja saudável. Cães precisam ter entre 1 a 8 anos e estar acima de 25 quilos, enquanto os gatos também devem ter a mesma idade e ter no mínimo 4 quilos. Os critérios podem mudar de acordo com o lugar.

Segundo o veterinário, os tutores devem levar em consideração outros fatores, como características raciais, ósseas e musculares, além do crescimento completo do animal. Vale lembrar que o doador tem que ter um porte médio a grande e não estar obeso.

Foto colorida de um cachorro doando sangue - Metrópoles
Tanto cães como gatos podem doar sangue. Basta cumprir os critérios

“Deve ter um temperamento dócil, não apresentar nenhuma doença crônica (nem sistêmica nem de pele) e não estar fazendo tratamento clínico. Os animais doadores têm que ser domiciliados e terem um tutor responsável. O cuidado e bem-estar do doador deve estar em primeiro lugar”, elucida Plínio.

Assim como os humanos, os animais também têm uma frequência ideal para doar sangue. O médico veterinário revela ao Metrópoles que novas pesquisas indicam que o ideal seria um intervalo de três meses entre cada doação, sendo este o padrão adotado pela ABVHMT.

Há riscos da prática?

Quando o banco de sangue segue todos os procedimentos padrões para coleta de sangue, não há riscos para os doadores, afirma Plínio. Alguns estudos apontam que o uso de sedação/anestesia em gatos ainda é necessário para garantir a segurança e sucesso do procedimento, mesmo em casos de pets dóceis.

“Lembrando que o principal benefício da doação de sangue será salvar outras vidas, mas para o doador, que na medicina veterinária é um doador involuntário, existe ainda uma vantagem extra de passar por uma triagem clínica e laboratorial, garantindo assim sua saúde e bem-estar”, explica.

Foto colorida de um gato doando sangue - Metrópoles
O animal que recebe a doação de sangue apresenta diversos benefícios

Uma consideração de extrema importância é que não há compatibilidade sanguínea direta entre espécies distintas. A recomendação é evitar a prática de xenotransfusão (transfusão entre espécies).

“O ideal é sempre procurar um banco de sangue mais próximo para fazer a tipagem sanguínea do seu animal e receber um hemocomponente adequado e compatível. Inclusive, nesse ponto, vale ressaltar a importância de saber previamente a tipagem sanguínea do seu animal”, destaca Plínio.

Como funciona a doação de sangue entre pets no DF?

No Distrito Federal, há opções para quem busca serviços de transfusões de sangue. Um deles é o Serviço Veterinário Público (HVEP), administrado pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram).

Embora não disponha de um banco de bolsas devido ao prazo de uso, os tutores podem comprar a bolsa por clínicas privadas para fazer a transfusão ou trazer para o hospital um cão doador que atenda aos requisitos específicos:

  • Ter entre 2 a 6 anos;
  • Peso acima de 25 quilos;
  • Estar com a vacinação e vermifugação em dia;
  • Livre de ectoparasitas (pulgas e carrapatos);
  • Não ter tido recentemente nenhum tipo de doença;
  • Ser tranquilo e dócil (o doador precisa aceitar ser manipulado);
  • Cadelas no cio ou amamentando não podem doar.

Redes privadas

Clínicas veterinárias particulares também oferecem este tipo de serviço, como o Centro Veterinário de Hemoterapia (CVH), localizado em Taguatinga Norte. Outra opção é o Centro de Hemoterapia Pet do Distrito Federal (OHV), no Núcleo Bandeirante. Por lá, o animal passa por uma avaliação e, se o pet estiver bem, os profissionais coletam a bolsa de sangue. A avaliação clínica e os exames são sem custo para o tutor.

“Basta marcar o horário e trazer o animal — que precisa estar em jejum de pelo menos duas horas. Após a coleta, não é recomendado esforço físico (exercícios), mas é muito tranquilo. A demanda é muito grande e estamos precisando diariamente de doadores”, explica Anilton Araujo, médico veterinário responsável do OHV.

Foto colorida de um cachorro doando sangue - Metrópoles
Pets podem se tornar doadores na rede pública e particular no DF

Rafael Seiça, responsável pelo Hospital Veterinário Brasília (HVB), afirma ao Metrópoles que o processo é bem simples: o paciente fica deitado para que o acesso seja feito, geralmente na veia jugular. O especialista garante que é algo indolor para os pets.

“Assim como na vida dos seres humanos, algumas pessoas têm bastante preconceito porque acham que a doação de sangue ‘judia’ o bicho. É por isso que os bancos não dão conta da demanda, porque não tem o número de doadores suficientes. Muitos pacientes precisam de sangue”, assegura Rafael.

Para mais informações, confira abaixo o endereço e telefone das instituições no DF:

Hospital Veterinário Público do Distrito Federal
Endereço: Parque Lago do Cortado – Taguatinga Norte
Telefone: (61) 3246-6188

Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (HVET UnB)
Endereço: L4 Norte – Asa Norte
Telefone: (61) 3107-2801 e (61) 3107-2843
Instagram: @bancodesangue.hvet

Centro Veterinário de Hemoterapia (CVH)
Endereço: St. B Norte, QNB 17 – Taguatinga Norte
Telefone: (61) 98237-2772

Hospital Veterinário Brasília (HVB)
Endereço: CRS 504, bloco C, loja 14 – Asa Sul
Telefone: (61) 3226-8431

Centro de Homoterapia Pet do Distrito Federal (OHV)
Endereço: SIBS, quadra 2, conjunto B – Núcleo Bandeirante
Telefone: (61) 99847-4402

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