Ghostwriter, em tradução livre, significa escritor-fantasma, ou melhor, profissional pago para escrever textos oficialmente assinados por outra pessoa. O colaborador responsável por Spare, o livro de memórias do príncipe Harry, veio à tona para responder às críticas de que a autobiografia do duque de Sussex contém “erros factuais”, conforme salientou o portal britânico The Sun.
JR Moehringer foi o ghostwriter de Harry. Ele usou o Twitter para amenizar a série de avaliações negativas a respeito de Spare. O profissional fez uma postagem com uma citação do livro The Art of Memoir, da poetisa Mary Karr, de 2015. “A linha entre memória e fato é tênue, entre interpretação e fato. Existem erros inadvertidos desses tipos fora do wazoo [xingamento]”, escreveu em um tuíte.
Moehringer também publicou uma citação retirada do livro de memórias de Harry. “Seja qual for a causa, minha memória é minha memória… há tanta verdade no que me lembro e como me lembro quanto nos chamados fatos objetivos”, relata o duque de Sussex em Spare.
A série de críticas decorre do trecho que o príncipe alega ter ganhado um Xbox no aniversário de 1997, quando completou 13 anos. Entretanto, o videogame só foi lançado quatro anos depois. “Rasguei o papel de embrulho, a fita. Olhei para dentro… Era um Xbox. Eu estava satisfeito. Eu adorava videogames”, afirma Harry na autobiografia.
O ghostwriter retuítou um post que aborda sobre a história do console não ser verdadeira, mas ter se tornado devido o duque de Sussex ouvir o assunto repetidamente quando adolescente. “Então, parece que isso é algo que disseram a Harry que ele ganhou quando criança. Ele diz explicitamente que não sabe se é verdade ou não. A mídia britânica só quer sensacionalizar tudo o que Harry diz. Nem se preocupam mais em relatar os fatos”, defende a publicação.
Outra mensagem retuitada por JR Moehringer traz: “Tipo, Cristo todo-poderoso, talvez ele tenha tido um Playstation.”
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