Após semanas de especulações, o príncipe Harry confirmou que irá à coroação do rei Charles, conforme anunciou um porta-voz do Palácio de Buckingham nessa quarta-feira (12/4). Para um especialista em relações-públicas, o comparecimento do duque de Sussex na histórica cerimônia “carrega” por trás um conflito de interesses.
Em entrevista ao portal britânico Express, o expert em gerenciamento de reputação Edward Coram James defende a tese que Harry não pode cortar totalmente os laços com a família real. Na avaliação do profissional de relações-públicas, o vínculo turbulento com a realeza é o que torna o príncipe relevante.
Segundo o especialista, a “única moeda de troca” de Harry para conquistar acordos milionários com renomadas empresas é ser um integrante da dinastia Windsor. “Tire a realeza dele e, pelo menos por enquanto, ele deixa de ser relevante. Assim, seus negócios de produção secam e ele se encontra em um postigo pegajoso”, comentou.
Coram James argumentou que Harry “precisará ser visto participando da coroação do pai, o rei Charles, para garantir que permaneça relevante” mesmo fora da realeza. O expert em gerenciamento sustenta que a ausência do príncipe na solenidade na Abadia de Westminster, em 6 de maio, poderia ser “fatal”.
“As pessoas da realeza participam de eventos reais únicos na vida. Para permanecer relevante, pelo menos aos olhos do público internacional, ele [Harry] precisa marcar presença na coroação”, salientou o profissional. Outro detalhe apontado por Coram James é o príncipe ficar com a boa imagem por ter aceitado a “bandeira branca” estendida pelos parentes.
“Há também, é claro, a questão de garantir que ele não prejudique mais as relações pessoais com o irmão, pai e madrasta”, destacou Edward Coram James.
O relacionamento de Harry com os parentes está bastante tenso. O duque de Sussex publicou um livro, lançou uma série e concedeu entrevistas revelando “bombas” da família real.
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