A ida do príncipe Harry ao Reino Unido pegou a imprensa de surpresa. O duque de Sussex está em Londres, capital da Inglaterra, para participar de audiência contra a editora Associated Newspaper Limited. A sessão judicial foi iniciada nessa segunda-feira (27/3). Na opinião da jornalista e especialista em realeza Kinsey Schofield, o caçula do rei Charles III é um “hipócrita” por processar a ANL pelo uso de informações privadas. A comentarista real argumentou fortemente contra o marido de Meghan Markle.
Na ação, Harry alega que a editora dos portais Daily Mail, MailOnline e Mail on Sunday “violou a sua privacidade após criar conteúdo que invade a vida particular de outras pessoas”, conforme revelou o tabloide britânico Express em um artigo. Ao saber da queixa do príncipe, Kinsey teceu críticas ao duque de Sussex, uma que ele, ao contrário do que prega, explanou detalhes confidenciais sobre a vida dos parentes.
“Este é um homem que quer falar sobre invasão on-line enquanto produz seis horas de conteúdo para a Netflix e lança o livro Spare”, endossou a jornalista. Kinsey não parou por aí e continuou a condenar a atitude do duque de Sussex. “Parece um pouco hipócrita quando ele cria tanto conteúdo invadindo a privacidade de outras pessoas”, completou.
Em dezembro do ano passado, Harry e Meghan lançaram uma série documental na Netflix. Na produção, o casal lista pontos negativos a respeito de integrar a realeza britânica e julga alguns integrantes da família real. Em janeiro, o príncipe publicou um livro de memórias, intitulado Spare, e concedeu entrevistas bombásticas. Nos dois projetos, o duque de Sussex “descascou” os parentes, ao revelar agressões e conflitos internos.
Processo
O marido de Meghan Markle não é o único que move uma ação contra os tabloides Daily Mail, MailOnline e Mail on Sunday, pertencentes à editora Associated Newspaper Limited. O grupo de denunciantes abrange o cantor Elton John e o marido dele, David Furnish; as atrizes Elizabeth Hurley e Sadie Fost; e a baronesa Doreen Lawrence. Eles anunciaram que apresentariam as queixas na Justiça em outubro.
A trupe entrou na Justiça contra a editora pelo uso indevido de informações privadas. No ano passado, os advogados relataram que Harry e o restante do grupo “tomaram conhecimento de evidências convincentes e altamente angustiantes de que eles foram vítimas de atividades criminosas repugnantes e violações grosseiras de privacidade supostamente realizadas pela ANL”.
À época do comunicado dos advogados, a Associated Newspaper Limited respondeu que as alegações do grupo eram “difamações absurdas” e uma “tentativa pré-planejada e orquestrada de arrastar os títulos dos portais para o escândalo de hackers”. De acordo com o site Express, a audiência deverá durar quatro dias. Um juiz decidirá se o caso prosseguirá ou não.
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