Usada na Alemanha no século 19, a ozonioterapia ganhou maior protagonismo nos últimos anos. A técnica envolve a aplicação de uma mistura de ozônio e oxigênio em diversas partes do corpo. Entre os famosos adeptos do método estão Cristiano Ronaldo, Ivete Sangalo e Jennifer Lopez. Para quem desconhece como o procedimento beneficia a saúde, a Coluna Claudia Meireles entrevistou Anita Loiola, CEO da clínica AME Saúde Integrativa.
Enfermeira especializada em infectologia, auditoria em saúde, estética e ozonioterapia, Anita atende na clínica AME Saúde Integrativa, fixada no QI 5 do Lago Sul. Em relação ao tratamento que combina ozônio e oxigênio, a profissional explica que a substância estimula a oxigenação dos tecidos, fortalece o sistema imunológico e elimina micro-organismos capazes de causar futuras infecções.
“O ozônio é anti-inflamatório, germicida e ajuda na oxigenação celular”, define a especialista.
Benefícios
De acordo com Anita, a técnica faz com que o funcionamento do organismo fique equilibrado. “Tudo volta à homeostase”, garante. Indicada, por vezes, como tratamento complementar, a ozonioterapia ajuda a amenizar dores, lesões de pele e a queda capilar; também contribui com a regeneração tecidual, a desinflamação do organismo e a melhora do sono e da imunidade.
Segundo a enfermeira, a ozonioterapia costuma ser bastante procurada por atletas que almejam atingir melhores rendimentos esportivos e por pacientes com fibromialgia, queda capilar e disfunção de articulação temporomandibular (ATM). Quem busca modular o sistema imunológico, o método surge como alternativa recomendada.
Prescrita em casos em que o cabelo cai em grande quantidade, a combinação de ozônio e oxigênio “entrega um resultado perfeito no combate às causas da condição”, explica a profissional: “A queda capilar tem diversos fatores, dentre elas, a inflamação, que pode ser sistêmica ou local, e pode ter a presença de fungos e bactérias.”
PRP
Em alguns pacientes com queda capilar, Anita Loiola orienta a aplicação do método plasma rico em plaquetas, mais conhecido como PRP. “É um procedimento terapêutico não cirúrgico e autólogo, ou seja, usa o sangue do próprio indivíduo. Envolve a centrifugação do sangue e a separação dos componentes, gerando uma mistura concentrada de plasma e fatores de crescimento”, esclarece a CEO da clínica AME Saúde Integrativa.
Em seguida, os componentes colhidos são homogeneizados com ozônio e utilizados para os fins destinados. “Sendo uma terapia bem sucedida no tratamento de algumas alopecias, regeneração tecidual e como agente ativador do colágeno”, elucida.
Pele
O método tende a contribuir com a saúde e a beleza da cútis. Anita lista as vantagens da ozonioterapia para a pele: “Melhora a liberação de oxigênio nos tecidos, reduz a produção de radicais livres e estimula a síntese de enzimas antioxidantes intracelular”.
A expert salienta a respeito do atendimento ao paciente ser interdisciplinar em que profissionais de diversas áreas atuam em conjunto, desde médicos a educadores físicos. A clínica AME Saúde Integrativa opta por esse modelo de atendimento.
Regulamentação
Em nota técnica, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) relatou que a ozonioterapia pode ser indicada para complementar tratamentos estéticos. A regulamentação ocorreu em junho do ano passado. Os procedimentos com o uso de ozônio têm sido estudados como terapêuticas para doenças autoimunes, a exemplo da esclerose múltipla (EM).
O Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren-PR) lançou um parecer técnico a respeito da prática da ozonioterapia por enfermeiros. “Há algum tempo, o potencial terapêutico do ozônio ganhou muita atenção por conta da sua forte capacidade de induzir o estresse oxidativo controlado e
moderado quando administrado em doses terapêuticas precisas”, enfatizou a entidade.
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