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Carnaval: médica explica como o glitter pode ser perigoso para a pele

Karine Cade atende na Clínica Otávio Macedo & Associados, em SP. A dermatologista esclareceu sobre o uso do glitter na pele para o Carnaval

atualizado 07/02/2023 18:41

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Jacqueline Lisboa/Metrópoles

Os brasileiros já estão em contagem regressiva para o Carnaval. Como de costume, a folia une o combo bloquinho, fantasia, animação e um toque de brilho, seja no look, seja na maquiagem. Há, porém, um perigo nas produções de beleza que levam glitter, conforme explica a dermatologista Karine Cade, uma das médicas que integram o renomado esquadrão de profissionais da Clínica Otávio Macedo & Associados, em São Paulo.

Em entrevista à Coluna Claudia Meireles, a médica esclarece não haver contraindicação para o uso de produtos com glitter aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entretanto, existe quem opte pelos brilhos vendidos em papelarias. De acordo com a especialista, tais produtos são um “triturado” de microplásticos combinado com óxido de ferro, substância responsável por dar coloração às partículas.

A médica também é membro da Sociedade Brasileira de de Cirurgia Dermatológica

“O glitter à venda em papelarias é feito de plástico e tem na sua composição um metal, presente na tinta que dá a coloração”, elucida a expert. Por causa desses elementos, a cútis tende a apresentar irritação, vermelhidão e coceira. Quem está com alguma condição dermatológica, como acne, dermatite, urticária e lesão de ferida, a aplicação das partículas brilhosas costumam agravar o quadro.

Opções menos prejudiciais

Segundo Karine, recomenda-se não aplicar na pele glitter adquirido em papelarias devido à composição. Outra desvantagem da utilização do produto está em causar danos ao meio ambiente. A dermatologista deixa como sugestão “brilhos” ecológicos, feitos a partir de materiais naturais, a exemplo de algas, farinha de arroz, gelatina incolor e corantes vegetais e minerais. “Disponível no mercado, é uma opção melhor do que o comum, além de ser biodegradável”, enfatiza.

Os cosméticos, que contêm glitter na composição, chegam ao mercado após processo de aprovação pela Anvisa, por isso, as fórmulas são adequadas para aplicação na cútis. Mesmo assim, a expert orienta ficar atento aos sinais de vermelhidão, coceira e irritação. “Nesses casos, o produto deve ser removido imediatamente”, instrui Karine. Ela propõe fazer um teste tópico dois dias antes a fim de verificar se as partículas brilhosas não causam alguma reação alérgica na cútis.

Opte pelo glitter biodegradável para usar nas produções de beleza

“Faça o teste na parte interna do punho, onde a pele é mais sensível”, sugere a dermatologista. Por conta do cansaço, a preguiça para tirar a maquiagem fala mais alto após o dia de folia. No entanto, Karine Cade frisa: “É preciso retirar o produto de forma adequada”. Resquícios de glitter e até mesmo de base, blush, iluminador, entre outros, principalmente na época de calor, podem contribuir para a obstrução dos poros e o aparecimento de cravos e espinhas.

Cuidado!

Como fazer a higienização da cútis com glitter sem prejudicá-la? No rosto, Karine avisa que é possível tirar o brilho com algodão umedecido em água micelar. “Além de remover os resquícios de purpurina, também limpa e trata a pele”, garante. A dermatologista salienta que o procedimento deve ser feito sutilmente em movimentos circulares, sem esfregar para não causar irritação.

Algumas pessoas colam purpurina ou brilhos maiores no corpo. Conforme pondera a especialista, é importante utilizar cola específica para a cútis e na hora de remover as partículas, recorrer ao demaquilante bifásico. “Outra opção é o óleo corporal que diminui a aderência do glitter e ajuda a evitar irritações. Esse produto não precisa ser esfregado, porque o atrito tende a provocar inflamação na pele e alergias”, receita Karine.

Use cola específica que não prejudique a pele para aplicar o glitter

E a rotina de skincare?

A especialista indica continuar com a rotina diária de cuidados com a cútis ao longo do Carnaval: “Necessita ser cumprida mesmo nessa época festiva, inclusive ser reforçada no fim do dia. A remoção do glitter e lavar o rosto com gel e sabonete de limpeza ajudam a higienizar e desobstruir os poros tanto do resquício da maquiagem quanto da poluição, também regula o pH da pele”. Nada de fazer as etapas de cuidados faciais pela metade.

De acordo com a médica, os hidratantes devolvem a proteção para a pele, enquanto os séruns promovem “firmeza e uniformidade”, sem contar que hidrata a região mais profundamente.

Na lista de recomendações da dermatologista consta o uso de máscaras nutritivas, produtos capazes de oferecerem resultados imediatos. Em relação ao filtro solar, Karine alerta para não esquecer de aplicar antes de cair na folia.

Mulher aplica produto de beleza no rosto com conta-gotas
A rotina de skincare precisa ser mantida durante os dias de Carnaval

“Inclua o protetor solar na rotina diurna antes de sair para a folia. Aplique em todo o corpo mesmo em dias nublados. É importante lembrar também de beber bastante água. A rotina de skincare é fundamental, já que a pele saudável, bem cuidada e hidratada, reduz as chances de irritações provocadas pelo glitter surgirem”, prescreve a dermatologista da Clínica Otávio Macedo.

Perigo com o glitter

Aos foliões que aplicam os brilhos na área dos olhos, segue um adendo: “A pele das pálpebras já é mais fina e delicada que outras partes do corpo”. Ela também aconselha evitar aplicar as partículas na região próxima ao nariz. “Evite, pois há risco de aspiração do glitter, o que pode causar irritação do aparelho digestivo e sintomas, como enjoo, vômito e dor abdominal”, evidencia Karine.

A dermatologista alerta sobre a aplicação de glitter na região próxima aos olhos

Atente-se em não aplicar glitter nas áreas em que a pele esteja sensível por decorrência de irritação anterior ou em cima de feridas, pondera a dermatologista: “Pode gerar uma contaminação e piorar a lesão”. Por fim, Karine deixa um lembrete a fim de evitar possíveis infecções: “Produtos e acessórios não devem ser compartilhados”.

“Quando compartilhados, podem estar contaminados com microorganismos e ocasionar infecção, além do risco de contágio com herpes labial ou conjuntivite. A qualquer sinal de incômodo com o produto, é importante remover na hora com água corrente e sem esfregar para não provocar lesões”, finaliza Karine Cade.

Sobre a especialista

Karine Cade integra o time de experts que atende na Clínica Otávio Macedo & Associados, em São Paulo. Graduada pela Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (Emescam), ela fez estágio em dermatologia no Hôpital Saint-Louis, em Paris. No currículo, a profissional traz especialização em dermatologia pelo SUS-SP e é membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Karine Cade atua como dermatologista na Clínica Otávio Macedo & Associados, em São Paulo

Para saber mais, siga o perfil da coluna no Instagram.

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