A cantora irlandesa Sinéad O’Connor morreu aos 56 anos de idade. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (26/7) pela imprensa do Reino Unido. Antes de morrer, a artista teve que lidar com a morte do filho Shane O’Connor, de 17 anos.
O adolescente morreu em janeiro deste ano e o caso ficou marcado após a cantora usar as redes sociais para afirmar que o filho tinha planejado o próprio funeral um mês antes de morrer.
De acordo com ela, Shane acabou sendo dispensado de seus cuidados médicos pelo Child and Adolescent Mental Health Services (CAMHS), órgão de saúde mental para jovens do governo irlandês, mesmo após expor seus planos para o próprio funeral.
“Há um mês o Shane foi levado para o CAMHS após desaparecer deixando mensagens suicidas incluindo planos detalhados para seu funeral. Eles o dispensaram. Disseram que ele não tinha planos. Quando foram feitas objeções pelo adulto que o acompanhava, disseram: ‘planejar um funeral não é diferente de planejar um casamento’”, disse ela.
“Todos nós falhamos com ele”, completou.
Trajetória de Sinéad O’Connor
Nascida em 1966 em Dublin, na Irlanda, Sinéad O’Connor foi um dos principais nomes da música do pais. Ela estreou em 1987, com o disco The Lion and the Cobra, no qual tinha músicas dedicadas à mãe, que havia recém falecido.
Em 1990, com o disco I Do Not Want What I Haven’t Got, a cantora ficou mundialmente famosa, principalmente por sua versão de Nothing Compares 2 U. A faixa a levou ao primeiro lugar das paradas nos Estados Unidos.
O último disco da artista é de 2011 e se chama Home. Nos últimos anos, Sinéad se envolveu em diversas questões. Ativista dos direitos das mulheres, ela acusou Prince de ter tentado agredi-la. O norte-americano morreu em 2016.
Sinéad também foi uma importante figura do mundo LGBTQIAP+. Ainda durante seu auge, a artista se assumiu lésbica e enfrentou o preconceito da indústria. A cantora deixa outros três filhos: Jake Reynolds, Roisin Waters e Yeshua Francis Neil Bonadio.
