Jeff Machado foi encontrado morto no dia 22 de maio, dentro de um baú, meses após ser dado como desaparecido. A mãe do ator, Maria das Dores Machado, está no Rio de Janeiro para depor, pela 1º vez, sobre o caso nesta sexta-feira (27/10). O irmão do artista, Diego Machado, também será ouvido
“Chegamos ao Rio às 7h10 desta quarta-feira (25). Meu depoimento será amanhã, às 13h, e o Diego vai depor em seguida. Nossos depoimentos são os mais importantes. Mas, ao todo, 18 testemunhas serão interrogadas na presença da juíza, da promotora e dos advogados”, declarou Maria, em entrevista à Quem.
A matriarca do ator falou sobre relembrar o caso. “É muito complicado voltar ao Rio para não visitar o Jeff. É uma situação muito dolorosa [depor na primeira audiência do caso]. Soubemos da morte do Jeff no dia 22, 23 de maio. Ainda não acredito. Vivemos meio fora da realidade. É muito triste. Peço luz ao divino Espírito Santo para iluminar o que vamos falar no interrogatório”, pontuou.
“Pedi que o Bruno não estivesse presente no mesmo ambiente. Ele vai estar próximo, mas não no mesmo local que eu”, revelou Maria, sobre o pedido feito para seu advogado, Jairo Magalhães.
Maria da Dores elogiou o empenho do irmão de Jeff. “De 2019 até janeiro, o Bruno só mentiu. Ele é um psicopata em último grau, um monstro. O Diego sofre muito, ele é meu mestre, quem cuida de mim, quem faz tudo, quem procura todas as documentações. Desde o desaparecimento do Jeff, eu só chorava e rezava. Diego mora perto de mim, me dá atenção, me cuida”, lamentou.
A mulher ainda declarou que sempre pede por Jeff e por Anderson, filho da aposentada que morreu aos 17 anos. “Vivo na igreja, tenho meus grupos de oração, um grupo da creche. Semana passada fui à missa todos os dias, é onde me transporto. Seguro na mão de Jesus, de Nossa Senhora. E sempre peço com a intenção do Jefferson e do Anderson”, concluiu.
Relembre o caso
O corpo de Jeff Machado foi encontrado em 22 de maio, dentro de um baú, enterrado e concretado a dois metros de profundidade em quintal de uma casa na zona oeste do Rio.
A família da vítima, natural de Santa Catarina, registrou o desaparecimento do ator em 4 de fevereiro, mas a Polícia Civil acredita que Jeff tenha sido morto ainda no fim de janeiro.
Bruno era considerado foragido da Justiça desde 1º de junho, quando teve a prisão decretada. O outro suspeito do crime, Jeander Vinícius da Silva Braga, foi detido em 2 de junho, no bairro de Santíssimo, zona norte do Rio.
No início deste mês, o Ministério Público do Rio de Janeiro pediu a prisão temporária de Bruno e Jeander pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
De acordo com o promotor de Justiça Sauvei Lai, da 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro, Bruno planejou o assassinato do ator, com ajuda de Jeander, garoto de programa que, supostamente, tinha relações próximas com a vítima.
Os dois confessaram, em depoimento à polícia, terem ocultado o corpo. No entanto, atribuem o assassinato do artista a um terceiro homem, a quem chamam de Marcelo. A versão foi considerada fantasiosa e descartada pela polícia.