Wajngarten se mantém em silêncio durante depoimento sobre joias na PF

Comissão de direitos e prerrogativas da OAB alega que Fabio Wajngarten é advogado das partes e não pode depor sobre o assunto

atualizado 31/08/2023 12:22

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A OAB de São Paulo enviou documento ao delegado responsável da Polícia Federal (PF), pedindo que Fabio Wajngarten, advogado de Jair Bolsonaro e que já atuou na defesa de Michele Bolsonaro, seja afastado de depor sobre o caso das joias. O policial responsável por ouvi-lo acatou o pedido e Wajngarten saiu do prédio sem prestar o depoimento.

De acordo com o documento, a própria PGR alega que Wajngarten teria participado do caso das joias como advogado da parte, e não como partícipe. Jair e Michelle Bolsonaro também ficaram calados e logo depois deixaram a sede da PF em Brasília.

No documento, o conselheiro Luiz Eduardo Kuntz cita o artigo 7o, inciso XIX, da Lei Federal no 8.906/1994, “recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional”.

Por fim, ele complementa que Wajngarten está disposto a colaborar com o caso e que nos próximos dias apresentará, espontaneamente, declarações escritas complementares nestes autos, devidamente acompanhadas de documentação que podem contribuir para a busca da verdade real.

O delegado da PF acatou o pedido. “Cientificando que, caso tenha envolvimento com os fatos criminosos investigados, tem o direito de permanecer em silêncio, de não produzir provas contra si mesmo e de ser assistido por um advogado, o declarante pediu a juntada de petição, momento no qual se reservo ao direito de permanecer em silêncio, conforme razões expostas na petição já mencionada”, escreveu.

O advogado Kuntz “lembrou que a petição requer a imediata disponibilização, na íntegra, do arquivo eletrônico originário referido no presente procedimento”.

O depoimento na sede da PF começou por volta de 11h30 da manhã. Setes investigados estão sendo ouvidos em salas separadas por sete equipes da PF em Brasília. Apenas Frederick Wassef está prestando depoimento em São Paulo, por meio de vídeo conferência para um delegado da PF que está na capital federal.

Veja quem os outros investigados que foram à PF:

  • Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro;
  • Marcelo Câmara, assessor especial de Bolsonaro e coronel da reserva do Exército;
  • Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Cid e general da reserva; e
  • Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro e tenente do Exército

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