Operação Escola Segura: delegados estaduais se reúnem com governo Lula

Ao Ministério da Justiça, delegados disseram que se sentem impotentes diante das plataformas ao investigar crimes cibernético

atualizado 06/04/2023 20:19

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MJSP

Delegados de todas as delegacias de combate a crimes cibernéticos do país foram convocados para uma reunião nesta quinta-feira (6/4) com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A reunião faz parte da “Operação Escola Segura”, que se iniciou após a comoção nacional com o ataque em uma creche de Blumenau (SC), onde quatro crianças foram assassinadas. A ideia do ataque teria partido de grupos na internet.

Durante o encontro, coordenado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), delegados falaram sobre as limitações que se deparam, durante as investigações, quando necessitam de dados das plataformas que administram as redes sociais.

“Muitas vezes a autoridade policial se vê impotente diante de um poder muito grande dessas plataformas, que às vezes ignoram o esforço de uma autoridade pública na área de segurança de tentar interditar uma conduta criminosa”, afirmou ao Metrópoles o secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar.

Os delegados e representantes do MJSP partem do princípio que muitos jovens são recrutados pelas redes, uma espécie de “vitrine” para os grupos extremistas que impulsionam discurso de ódio.

Mudanças na legislação

Delegados aproveitaram a reunião para propor mudanças legislativas e maneiras de aumentar a cooperação com as plataformas. Alencar avalia que é um debate necessário, mas complexo, pois é preciso garantir a liberdade de expressão e a autonomia dos meios de comunicação.

“A gente precisa ter respostas que sejam à altura do momento. O poder público não pode reagir de maneira que pareça desconectado do fenômeno que nós estamos vivendo. Esse é um problema que há pouco tempo não existia no Brasil, que surgiu por força de um fenômeno de massas, com base em uma nova plataforma de comunicação, que dá voz a esse ambiente sombrio”, defendeu Alencar.

Participaram também da reunião o diretor de Operações Integradas e Inteligência da Senasp, Romano Costa; o coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas da Diretoria de Operações Integradas e Inteligência (Diop), Alessandro Barreto; e o coordenador-geral de Inteligência da Diop, Miguel Sobral.

Após o ataque na escola de Blumenau, o titular do MJSP, Flávio Dino, anunciou um edital de R$ 150 milhões para fortalecer as rondas escolares e uma investigação da Polícia Federal (PF) de grupos nazistas no Brasil.

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