O último voo da Força Aérea Brasileira (FAB) voltado para a repatriação de brasileiros vindos de Israel decolou de Tel Aviv neste domingo (22/10), com destino ao Rio de Janeiro. A aeronave traz 209 passageiros e nove animais domésticos, e pousará em solo brasileiro na madrugada desta segunda-feira (23).
Segundo a FAB, a aeronave modelo KC-30 (Airbus A330 200) decolou às 18h25 – horário de Israel e 12h25 em Brasília –, com previsão de pouso para as 4h desta segunda-feira (23), no Aeroporto Galeão (RJ).
Não estão previstos voos adicionais para resgatar cidadãos do território israelense. Ao todo, 1.410 brasileiros e três cidadãs bolivianas, bem como mais de 50 animais domésticos, deixaram a zona de conflito entre Israel e o Hamas em voos da operação do governo batizada Voltando em Paz.
Veja imagens do conflito entre Israel e Hamas:
O governo brasileiro continua com as tratativas para resgatar um grupo de cerca de 30 brasileiros e parentes diretos palestinos que estão presos na Faixa de Gaza, epicentro do conflito entre Israel e Hamas.
O Itamaraty, por meio do Escritório de Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia, mantém permanente contato com o grupo. Veículos contratados seguem de prontidão, aguardando a autorização para o trânsito dos brasileiros pela passagem de Rafah, no Egito, aberto novamente neste domingo (22) para a entrada limitada de ajuda humanitária.
Ainda não há previsão de data para a abertura da fronteira para o tráfego de pessoas. Cerca de 14 mil brasileiros vivem em Israel e 6 mil na Palestina, a maioria fora da área de conflito.
Comboios com suprimentos
Um novo comboio com ajuda humanitária foi autorizado a entrar na Faixa de Gaza, na manhã deste domingo (22), levando água, alimentos e artigos médicos. Os suprimentos são destinados para a população palestina sitiada no enclave controlado pelo grupo Hamas, em guerra com Israel.
Rafah é a principal rota de entrada e saída da Faixa de Gaza que não é controlada por Israel. Atualmente, 2,3 milhões de pessoas vivem no território.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que o volume de ajuda internacional autorizado a entrar em Gaza ainda é insuficiente. A quantidade de água enviada nos primeiros 20 caminhões, por exemplo, é capaz de atender ao consumo diário de 1% da população palestina.
