Torcedor do Fluminense baleado por policial recebe alta hospitalar

O torcedor estava internado desde 1º de abril, quando foi baleado em um bar próximo ao estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro

atualizado 27/04/2023 19:51

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Imagem mostra torcedor do FLuminense que foi baleado por policial e recebeu alta hospitalar nesta quinta-feira (27/4) - Metrópoles Reprodução

O torcedor do Fluminense baleado em um bar próximo ao estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, recebeu alta na tarde desta quinta-feira (27/4). Bruno Tonini, de 38 anos, passou quase 26 dias internado desde que foi alvo de tiros disparados pelo policial penal Marcelo de Lima.

“A equipe multidisciplinar do Hospital Badim não mediu esforços para que esse dia chegasse. Desejamos a completa recuperação do paciente ao lado de seus familiares”, afirma nota da unidade hospitalar.

No início deste mês de abril, dois torcedores do Fluminense foram atingidos com disparos de arma de fogo pelo policial penal. Além de Bruno, Thiago Leonel Fernandes da Motta, de 40 anos, foi alvejado e não resistiu aos ferimentos.

O caso aconteceu após o primeiro jogo da final do Campeonato Carioca entre Flamengo e Fluminense, no dia 1º de abril, em bar na região do Maracanã. A defesa do policial penal Marcelo de Lima argumenta que o agente agiu em legítima defesa.

Depoimento adiado

Nessa quarta-feira (26/4), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) colheria um depoimento de Bruno Tonini, no qual ele seria questionado sobre a motivação dos crimes cometidos pelo policial.

Segundo o promotor Fabio Vieira dos Santos, que esteve no hospital, os familiares informaram que Bruno ficou tenso e receoso com a oitiva, preferindo adiá-la para um momento em que recebesse alta.

“Como ele se sentiu mal, talvez um pequeno desconforto por estar revivendo o trauma do dia, ele preferiu nos dar esse depoimento em outro momento quando estiver mais seguro e mais tranquilo”, descreveu o promotor.

MP apresenta denúncia

Em 11 de abril, o MP do Rio de Janeiro denunciou o policial penal Marcelo de Lima. O órgão ministerial considerou que os crimes foram praticados por motivo torpe, em razão do inconformismo de Marcelo com as posições políticas expressadas pelas vítimas.

De acordo com o MP, a confusão começou quando o policial penal, que é vascaíno, disse que “petista é igual flamenguista, tudo burro e ladrão”. Thiago, torcedor do Fluminense, teria questionado Marcelo sobre as ofensas, o que gerou uma discussão entre eles.

O MP afirma que o policial, com vontade livre e consciente de matar, efetuou disparos de arma de fogo contra as vítimas, causando a morte de Thiago e “só não matando a outra pessoa por circunstâncias alheias à sua vontade”. No momento do crime, o bar estava cheio de torcedores.

A denúncia também considera que os crimes foram praticados mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, pegas desprevenidas pela ação inesperada do denunciado. Se a denúncia for aceita pela Justiça, o policial responderá pelo crime de homicídio triplamente qualificado.

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