Tacla Duran depõe à Justiça e faz acusações contra Moro e Dallagnol

Apontado como um dos operadores das offshores criadas pela Odebrecht, Duran recebeu R$ 36 milhões de empreiteiras investigadas na Lava Jato

atualizado 27/03/2023 21:45

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O advogado Rodrigo Tacla Duran, um dos alvos da Operação Lava Jato, depôs à Justiça Federal na tarde desta segunda-feira (27/3). Em seu depoimento, relatou crime de extorsão praticado pela operação e envolveu nas acusações o deputado Deltan Dallagnol (Podemos) e o senador Sergio Moro (União Brasil).

Apontado como um dos operadores das offshores criadas pelo “departamento de propina da Odebrecht”, Tacla Duran recebeu R$ 36 milhões de empreiteiras investigadas na Lava Jato, entre elas, a UTC, Mendes Júnior e EIT.

Além de Dallagnol e Moro, o advogado citou em sua oitiva o advogado Carlos Zucolotto e o cabo eleitoral Fabio Aguayo.

O depoimento foi encerrado para “evitar futuro impedimento”, uma vez que foram citados os nomes de parlamentares. Assim, o juiz determinou, no texto, “certa a competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal”.

A intimação para depoimento, expedida pela 13ª Vara Federal de Curitiba em fevereiro deste ano, veio após o juiz Eduardo Fernando Appio revogar a ordem de prisão preventiva de Tacla Duran. A decisão derrubou uma ordem judicial de prisão assinada pelo próprio Moro.

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Deltan Dallagnol se filiou ao Podemos
Dallagnol coordenou a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba
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Lava Jato: desarquivamento de processo pode virar dor de cabeça para Sergio Moro

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Dallagnol coordenou a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba

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Tacla Duran chegou a ficar preso por três meses na Espanha – ele é descendente de espanhóis – em 2016. O advogado foi solto provisoriamente depois de recorrer à Justiça espanhola.

Moro

Em nota, a assessoria de Sergio Moro disse, sobre Tacla Duran: “Trata-se de uma pessoa que, após inicialmente negar, confessou depois lavar profissionalmente dinheiro para a Odebrecht e teve a prisão preventiva decretada na Lava Jato. Desde 2017 faz acusações falsas, sem qualquer prova, salvo as que ele mesmo fabricou. Tenta desde 2020 fazer delação premiada junto à Procuradoria Geral da República, sem sucesso. Por ausência de provas, o procedimento na PGR foi arquivado em 9/6/22”.

A nota ainda informa que “o senador não teme qualquer investigação, mas lamenta o uso político de calúnias feitas por criminoso confesso e destituído de credibilidade”.

Dallagnol

Ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol também comentou o caso. Nas redes sociais, chamou Tacla Duran de “mentiroso compulsivo” e “criminoso confesso”. O deputado ainda classifica a acusação como mais uma “história falsa”.

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