A cooperativa Monte Vêneto, ligada ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), declarou nas redes sociais que está com sobrecarga na procura pelos sucos. O caso acontece após a Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgatar mais de 200 trabalhadores em situação análoga à escravidão em vinícolas em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.
As empresas tradicionais em fabricação de sucos Aurora, Cooperativa Garibaldi e Salton contratavam os serviços de apoio administrativo de uma empresa ligada a Pedro Augusto de Oliveira Santana, apontado como responsável pelo estabelecimento onde os trabalhadores foram encontrados.
Nas grandes vinícolas, os trabalhadores em situação análoga à escravidão eram responsáveis pela colheita da uva para fabricação dos sucos.
Com o escândalo envolvendo as grandes empresas, a dirigente nacional do MST, Marina dos Santos, publicou nas redes sociais a fabricação dos sucos Monte Vêneto, uma alternativa aos produzidos pelas empresas com ligação ao trabalho escravo.
Que tal trocar os sucos Aurora, Salton e Garibaldi pelos nossos, da Monte Veneto, que não só não têm trabalho escravo, como já ganharam a medalha de ouro no Wine South America? Sucos de primeiríssima qualidade com gosto de reforma agrária e democracia. pic.twitter.com/fJWA13afwy
— Marina do MST (@marinadomst) February 25, 2023
Com a alta procura pelos sucos Monte Vêneto, a empresa declarou nas redes sociais que não realiza envios para consumidores diretos, mas está direcionando pontos de vendas próximos para encontrar do produto a pronta entrega.