Sindicalista fala em “destruir” Michelle Bolsonaro em live com Genoino

Elenira Vilela, coordenadora do Sinasefe, disse que é necessário "destruir politicamente", e "quiçá de outras formas", a ex-primeira-dama

atualizado 13/01/2024 13:35

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Imagem colorida de Elenira Vilela - Metrópoles Reprodução

Durante live nas redes sociais no fim de dezembro, a coordenadora do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Elenira Vilela, disse que há necessidade de “destruir politicamente”, e “quiçá de outras formas”, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). Entre os participantes da transmissão, estava o político José Genoino, ex-presidente do PT.

A declaração da coordenadora ocorreu em transmissão ao vivo do site Opera Mundi, em 22 de dezembro de 2023, mas ganhou repercussão nas redes sociais nesta semana e provocou protestos de perfis do campo conservador.

“Ela [Michelle] é uma carta-chave. E, se a gente não arrumar um jeito de destruir ela politicamente, e quiçá de outras formas, jurídica, por exemplo, comprovando os crimes e tornando ela também inelegível, nós vamos arrumar um problema para a cabeça”, afirmou Vilela na live.

Veja:

A coordenadora do Sinasefe afirmou também que Michelle tem “capacidade de comunicação zilhões de vezes melhor” do que a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Isso porque, Vilela alega, a ex-primeira-dama teria sido “treinada” nas igrejas evangélicas para conversar com o público.

Ainda segundo ela, as igrejas evangélicas saem na frente dos militantes e políticos de esquerda porque sabem conversar com as pessoas.

“Quem tem dificuldade de falar com o povo, hoje, no Brasil, sejamos objetivos, somos nós [esquerda]. Se você observar como ela [Michelle] mobiliza as pessoas, ela é infinitamente melhor que o Bolsonaro”, defendeu.

Elenira Vilela afirmou que Michelle é uma “força política em ascendência”, mas não consegue apoio entre os militantes bolsonaristas porque é mulher, e o movimento é “estruturalmente misógino”.

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Michelle Bolsonaro no último encontro do PL Mulheres de 2023

Reprodução/ Youtube
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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro encena golpes que aprendeu no treinamento

Reprodução/YouTube
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Com inelegibilidade de Bolsonaro, nome de Michelle é lembrado pela direita

Hugo Barreto/Metrópoles
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Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro

Vinícius Nunes
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Igo Estrela/Metrópoles - @igoestrela

Presença política de Michelle

Michelle Bolsonaro assumiu a presidência do PL Mulher em fevereiro do ano passado. A cerimônia marcou de vez a entrada da ex-primeira-dama na política nacional.

Com a inelegibilidade de Bolsonaro, lançar o nome dela na política é uma alternativa considerada boa por integrantes do PL.

Michelle chegou a ter o nome cogitado para o Senado do Paraná, na vaga que pode ser aberta caso o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) tenha o mandato cassado pela Justiça Eleitoral.

Outro lado

Elenira Vilela se pronunciou sobre o caso. Em nota, ela disse que a análise apenas demonstra “preocupação” com o possível papel político de Michelle Bolsonaro “em um contexto em que é necessário derrotar o facismo, as ameaças à democracia”.

A sindicalista também repudiou a propagação de cortes “manipulados” nas redes sociais, que supostamente impõem que Vilela teria sugerido ferir a ex-primeira-dama.

Segundo ela, a postagem é feita “no bojo de um processo sistemático da direita brasileira, especialmente na bolha bolsonarista”. Ela confirmou que vai à Justiça para cobrar os danos causados à sua imagem.

No texto, ela também agradece o apoio e solidariedade de pessoas que a defenderam dos ataques nas redes sociais.

“Não me calarão! Não nos intimidarão! Seguirei na luta por equidade, pelo fim de qualquer forma de opressão e exploração, na defesa da educação e dos direitos humanos e enfrentando o ódio, a mentira, o proselitismo religioso, o autoritarismo e o fascismo”, escreveu.

Procurado pelo Metrópoles, o Sinasefe repudiou “os ataques de grupos bolsonaristas e de milícias virtuais à companheira Elenira Vilela”. Nas redes sociais, a sindicalista foi alvo de diversos ataques dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Conforme o sindicato, uma “edição descontextualizada e tendenciosa” acabou distorcendo a análise política realizada pela coordenadora que, ainda segundo o Sinasefe, essa ação tinha o objetivo de “desencadear múltiplas e sistemáticas mensagens de ódio e um linchamento virtual contra Elenira”.

“Sabemos que a produção de fake news, às perseguições e o escracho violento são métodos típicos da extrema-direita, que pretendem criminalizar e silenciar todos os que se levantam em defesa da democracia e dos direitos da classe trabalhadora, principalmente quando se trata de uma mulher que ocupa espaços políticos, como é o caso de Elenira Vilela”, diz o sindicato, em nota de repúdio.

A Direção Nacional do Sinasefe ainda comunicou que acionará “todas as medidas jurídicas cabíveis para investigar e punir os responsáveis por essa ação e pelos seus desdobramentos”. “Nenhuma tolerância aos intolerantes, nenhuma liberdade aos inimigos da liberdade”, finalizou.

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