O miliciano Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera, chefe da milícia da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, costuma usar disfarces para não ser reconhecido, segundo aponta o Ministério Público (MP).
Os disfarces são variados, seja com barba pintada, natural, de boina e óculos ou com perucas. Tandera muda sua aparência para evitar ser preso. A estratégia foi revelada por agentes do MP, que encontraram fotos do chefe da milícia em celulares após a quebra de sigilos telefônicos durante uma investigação contra a quadrilha comandada por ele.
A Polícia Civil realizou uma operação em conjunto com o MP contra Tandera e mais 16 pessoas envolvidas na organização criminosa nessa quarta-feira (3/5).
As fotos analisadas pela investigação mostram que o miliciano sempre ia disfarçado para encontros com aliados do grupo. Em uma das selfies tiradas, Tandera aparece com cabelos longos e chaceados.
Em uma das fotos obtidas após a quebra de sigilo telemático, o miliciano usa uma “farda” preta, com colete e o rosto coberto por uma balaclava, só com os olhos visíveis.
Confira os disfarces:
Entenda a operação
A Operação Epilogue do MPRJ prendeu, nessa quarta, seis pessoas e cumpriu 25 mandados de busca e apreensão contra integrantes da “milícia do Tandera”, que atuam principalmente nos municípios do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Queimados e Seropédica.
De acordo com as investigações, a organização criminosa é responsável por extorsões, homicídios, torturas, ameaças, grilagem de terras, agiotagem, exploração ilegal de areais e lavagem de dinheiro, entre outros crimes.
Além disso, a operação também revelou que em troca do apoio da milícia Tandera em suas campanhas eleitorais, pré-candidatos das eleições municipais do Rio em 2020 prometeram cargos em secretariais, nomeações para cargos públicos e licitações fraudulentas. T
Todos os envolvidos foram denunciados pela prática do crime de organização criminosa.
