Uma mansão localizada na Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro, foi demolida, nesta quarta-feira (13/9), durante operação da Secretaria de Ordem Pública (Seop), da Prefeitura do Rio, em conjunto com o Ministério Público. A construção irregular e sem autorização seria usada por chefes do tráfico da comunidade.
A mansão tem três andares e uma cobertura com vista privilegiada para a praia de São Conrado. Engenheiros da Prefeitura do Rio estimam que já foram investidos R$ 2,5 milhões na construção, de área em torno de 600 m², sendo 100 m² só de terraço descoberto.
Circulam nas redes sociais vídeos feitos por moradores da Rocinha que mostram o andamento da ação realizada pela Seop e pelo MP na manhã desta quarta. Veja a demolição da mansão do tráfico:
De acordo com levantamento dos setores de inteligência dos órgãos, a mansão seria de uma das lideranças do crime organizado da Rocinha, o traficante Johny Bravo. “Muitas dessas construções têm servido como mote de lavagem de dinheiro“, disse o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.
“Seguiremos realizando essas demolições de construções irregulares com foco na principal na preservação das vidas. Recentemente nós vimos um deslizamento acontecer ali na Rocinha, mas também no ordenamento da cidade e na asfixia do crime organizado, uma vez que os setores de inteligência mapearam uma possível relação do crime organizado local com essa construção”, afirmou Carnevale.
Todo o processo de demolição ocorreu de forma manual, apenas com ferramentas e equipamentos portáteis.
Confira a demolição da mansão do tráfico:
A ação contou com auxílio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que mobilizou a comunidade. Também participaram a Conservação, Rioluz, Polícia Militar e da Guarda Municipal.
Outra demolição em agosto
Em agosto, a Seop realizou a demolição de um outro imóvel de luxo com investimento estimado de R$ 1 milhão, também na Rocinha. Desde 2021 a Secretaria de Ordem Pública realizou mais de 2.800 demolições de construções irregulares, sendo 75% em áreas que sofrem influência do crime organizado.
