O conselheiro federal da Confederação Suíça, Guy Parmelin, anunciou nesta quinta-feira (5/7) que o país investirá no Fundo Amazônia. No entanto, o representante da nação europeia não informou os valores da doação.
“A partir de hoje, aprimoraremos nosso engajamento. Tenho o prazer de anunciar que a Suíça vai contribuir para o Fundo Amazônia. A primeira contribuição será nas próximas semanas. Queremos lançar essa parceria com o Brasil e outros países”, afirmou o representante suiço.
A declaração de Guy Parmelin aconteceu na sede do Ministério das Relações Exteriores ao lado do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB). Ambos participaram do Fórum Brasil-Suíça de Investimentos e Inovação em Infraestrutura e Sustentabilidade.
Logo após o anúncio, o vice-presidente brasileiro agradeceu a iniciativa do governo suíço em doar para o mecanismo de conservação e desenvolvimento sustentável da Amazônia. “Muito importante para a recuperação da nossa Floresta Amazônica, [gostaria de] destacar a boa parceria econômica e as oportunidades de investimentos”, ressaltou Geraldo Alckmin.
O vice-presidente também falou sobre o trabalho que está sendo realizado pelo governo federal para combater o desmatamento ilegal e a invasão de criminosos em áreas protegidas na Amazônia. “As Forças Armadas, inclusive, estão presentes na Amazônia para retirar garimpeiros ilegais, invasores de áreas de preservação. Enfim, um trabalho grande na região”, afirmou Alckmin.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), também estava presente no encontro e reforçou o compromisso do país no desenvolvimento sustentável na Amazônia. “O Brasil tem desafios, problemas a superar, mas, ao mesmo tempo que temos desafios, esses desafios se apresentam como enormes oportunidades de investimento e parcerias.”
Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia foi criado em 2008, durante o segundo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e tem como objetivo financiar projetos de combate ao desmatamento e custear iniciativas para o desenvolvimento sustentável da região.
O mecanismo foi paralisado em 2019, na gestão do então presidente Jair Bolsonaro (PL) sob alegações de irregularidades dos beneficiados.
No início do terceiro mandato de Lula, outros países europeus anunciaram doações ao Fundo Amazônia. O governo britânico informou em maio a destinação de R$ 500 milhões ao mecanismo.
Em março, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a doação de R$ 2,5 bilhões para o Fundo Amazônia para os próximos 5 anos. No entanto, o valor ainda precisa ser aprovado pelo Congresso norte-americano para a liberação dos recursos.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou em junho a doação de R$ 100 milhões ao mecanismo. O comunicado aconteceu após reunião da alemã com o presidente Lula no Palácio do Planalto.
