Repatriados de Gaza sofrem ameaças e pedem proteção ao Brasil

O grupo de 32 repatriados, entre brasileiros e familiares, que veio da Faixa de Gaza chegou ao Brasil na última segunda-feira (13/11)

atualizado 16/11/2023 18:31

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Imagem colorida mostra Brasileiros repatriados da Faixa de Gaza chegam ao aeroporto de Cairo - Metrópoles Reprodução/Redes sociais

Os brasileiros e familiares próximos repatriados da Faixa de Gaza têm sido alvo de ameaças e ofensas por meio das redes sociais. Diante da situação, a família de Hasan Rabee, um dos integrantes do grupo, entrou com pedido de proteção ao Estado brasileiro.

O comerciante Hasan Rabee ganhou notoriedade por divulgar nas redes sociais a rotina em meio à retaliação israelense ao território palestino e à expectativa do grupo sobre deixar a Faixa de Gaza. Brasileiro naturalizado, ele vivia em São Paulo até antes do conflito e ficou preso em Gaza ao viajar para visitar a família palestina.

A advogada Talitha Camargo da Fonseca, que representa a família de Hasan, afirmou ao Metrópoles que o repatriado recebeu mais de 200 mensagens de ódio no Instagram, além de ser vítima de discursos do mesmo tipo no Tik Tok e em outras redes sociais.

A profissional entrou com pedido de proteção ao Estado brasileiro por meio do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), que é vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

O programa busca oferecer proteção às defensoras e aos defensores de direitos humanos, comunicadoras e comunicadores e ambientalistas que estejam em situação de risco, vulnerabilidade ou sofrendo ameaças em decorrência de sua atuação em defesa desses direitos.

“As mensagens têm configuração criminal vasta, que inclui perseguição, injúria racial, ameaça de execução, injúria, calúnia e difamação”, ressaltou a advogada.

“Como a gente vai imaginar que uma família acabou de sair de uma guerra e voltou para o seu país e está tendo que passar por isso? Ou seja, eles saem de uma violência física e psicológica que é uma guerra para entrar em uma outra violência psicológica, diante de tudo que estão passando na internet”, diz a advogada.

O Metrópoles entrou em contato com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, mas não houve retorno até a publicação do texto. O espaço segue aberto.

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Volta ao Brasil

Um grupo de 32 brasileiros e familiares próximos desembarcou na Base Aérea de Brasília na última segunda-feira (13/11). Em Brasília, os repatriados receberam apoio para formalização dos documentos e cuidados médicos.

Na quarta-feira (14/11), parte do grupo foi levado ao interior de São Paulo, onde permanecerá em um abrigo.

A chegada do grupo com 32 brasileiros e familiares à Base Aérea de Brasília na noite de segunda completou uma jornada de mais de um mês para deixar a Faixa de Gaza.

Desde o último 7 de outubro, a região enfrenta uma escalada histórica no conflito entre Israel e Hamas. A guerra, até o momento, soma mais de 12 mil mortos, considerados ambos os lados.

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