O senador Renan Calheiros se tornou réu pelos crimes de calúnia, injúria e difamação contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Athur Lira entrou com uma ação na Justiça do DF contra Renan Calheiros em julho do ano passado. Lira acusa Calheiros de ter cometido os crimes durante uma entrevista ao UOL em 29 de julho de 2022.
Entre as coisas que afirma na entrevista, Calheiros fala que Lira teria tido acesso a uma informação sigilosa de uma operação da Polícia Federal em andamento e beneficiado um aliado. Para a defesa de Lira, essa afirmação é “leviana e puramente casuística”.
O aliado beneficiado, segundo a fala de Calheiros, teria sido o prefeito de Rio Largo (AL), Gilberto Gonçalves (PP), que teria sido informado com antecedência sobre uma investigação contra ele por desvio de recursos públicos federais. O prefeito chegou a ser preso em agosto na Operação Beco da Pecúnia.
Calheiros e Lira são políticos de Alagoas e apoiavam diferentes candidatos ao governo desse estado do nordeste, durante as eleições. Calheiros apoiava Paulo Dantas (MDB), que ganhou a eleição, e Lira apoiava Rodrigo Cunha (União Brasil).
Queixa-crime aceita
Na decisão do dia 16 de dezembro de 2022, a juíza Ana Cláudia Loiola de Morais Mendes, da 1ª Vara Criminal do DF, aceitou a queixa-crime de Lira.
A juíza ainda deu o prazo de 10 dias para que a defesa de Calheiros apresentasse uma resposta por escrito. A reportagem tenta contato com a defesa e a assessoria de Renan Calheiros.
