Quem é a promotora do caso Marielle que teria sido espionada pela Abin

A promotora Simone Sibilio foi supostamente monitorada ilegalmente pela Abin, segundo investigação da Polícia Federal

atualizado 25/01/2024 18:20

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Imagem da promotora, Simone Sibilio, atuando - Metrópoles Divulgação/MPRJ

Segundo as investigações da Polícia Federal, a promotora do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) Simone Sibilio do Nascimento teria sido umas das várias pessoas monitoradas ilegalmente pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). As suspeitas é de que isso ocorreu porque, entre 2018 e 2021, Sibilio foi a encarregada das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol).

A promotora teria sido monitorada pela estrutura paralela infiltrada na Abin, durante gestão do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), alvo de mandado de busca e apreensão nesta quinta-feira (25/1). De acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, so Supremo Tribunal Federal (STF), os investigadores identificaram um resumo do currículo de Sibilio ao analisar os materiais apreendidos.

O arquivo com as informações sobre a promotora do caso Marielle estava com a mesma formatação dos relatórios apócrifos criados pela estrutura paralela da Abin.

Biografia

A promotora atua no MP desde 2003, sendo a primeira mulher a comandar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ela atuou em vários casos relacionados a tráfico de armas e drogas, milícias, armas e crimes transnacionais. Em 2018, foi escolhida, em conjunto com a promotora Letícia Emile Alqueres Petriz, para assumir o caso Marielle, na qual trabalharam até janeiro de 2021.

Atuando em quase 20 investigações envolvendo o homicídio da vereadora, as duas promotoras chegaram a ser elogiadas pela família de Marielle. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, chegou a chamá-las de “pessoas honestas” em uma entrevista à revista Ela, à época.

Após deixarem as investigações, a dupla retornou aos respectivos órgãos de execução. Sibilio explicou que a saída dela do caso se dava pela redução da equipe, depois de uma reestruturação no Gaeco, impossibilitando a manutenção dos 28 profissionais.

Carioca, Simone Sibilio se formou, em 1999, no curso de direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Logo em seguida, ingressou na Polícia Militar, onde chegou ao posto de capitã. Posteriormente, a promotora trocou de corporação, indo para a Polícia Civil, na qual alcançou o cargo de delegada.

Na formação acadêmica, Sibilio cursou “Altos Estudos Políticos e Estratégia” na Escola Superior de Guerra e “Crime Organizado” na Universidade de Roma Tor Vergata, além de ter como tese na graduação o tema “Controle externo do MP na atividade policial”.

Em 2022, ela se tornou umas das 12 homenageadas pelo Prêmio Internacional Mulheres de Coragem, que condecora mulheres em posições de destaque. Simone Sibilio é a segunda brasileira a receber o prêmio.

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