“Quarto de motel ou prisão?”, critica Caiado sobre visitas íntimas

Governador de Goiás declarou que tentará reverter decisão judicial que suspendeu a lei que proibia visitas íntimas nos presídios de Goiás

atualizado 24/02/2023 10:19

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Goiânia – O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), criticou a decisão liminar do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) que suspendeu a lei que proibia visitas íntimas nos presídios goianos. Durante entrevista coletiva na tarde dessa quinta-feira (23/2), Caiado polemizou ao criticar a medida. “Vamos construir um quarto de motel ou vamos fazer prisão?”, questionou.

Na ocasião, Caiado declarou que faria uma reunião com o presidente do TJGO, Carlos França, para discutir a questão e afirmou que tentaria reverter a liminar, que considerou preocupante. “Visita íntima é uma regalia, e não um direito. Temos de ter responsabilidade sobre esse assunto. Como um estuprador ou um autor de feminicídio poderá ter direito a visita íntima?”, apontou.

O governador fez diversas ressalvas contra a medida. Ele citou que ela coloca em risco a vida dos policiais penais e que a visita íntima deve ser avaliada de forma individual para cada detento.

Segundo Caiado, as visitas íntimas seguem proibidas nas penitenciárias do estado de Goiás.

Suspensão

lei que proibia visitas íntimas em presídios de Goiás foi suspensa na quarta-feira (22/2). A decisão foi proferida pelo desembargador Carlos França, após pedido da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Goiás (OAB-GO).

A lei, que determinava a proibição da visita “realizada fora do alcance de monitoramento e vigilância dos servidores da unidade prisional”, estava em vigor há pouco mais de um mês. Conforme a proposta, do ex-deputado estadual Henrique Arantes (MDB), a possibilidade de visitas íntimas não está expressamente prevista na legislação e serviria para que houvesse troca de informações entre o crime organizado.

De acordo com o desembargador Carlos França, a lei promovia “violações massivas” de direitos fundamentais e humanos. O órgão pontua, ainda, que a lei poderia criar um cenário de “instabilidade” nos presídios goianos, além de prejuízos nas relações familiares.

O presidente da OAB Goiás, Rafael Lara Martins, avaliou como prudente a decisão do TJGO, diante do flagrante de inconstitucionalidade e de violações em cadeia promovidos pela lei aos direitos fundamentais e humanos, colidindo, inclusive, com a Constituição Estadual e a Federal, a Lei de Execução Penal, Pacto de São José da Costa Rica, e Regras Mínimas das Nações Unidas para o Tratamento de Reclusos.

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