A ala do Partido dos Trabalhadores que defende a divisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) vem se apegando a uma fala de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha eleitoral, quando o então candidato indicou a criação de uma pasta voltada exclusivamente para a segurança pública.
O ministro da Justiça Flávio Dino é contra a divisão da pasta, mas o próprio presidente Lula deu indicações no sentido contrário, durante um encontro com governadores em agosto do ano passado, em São Paulo.
“Nós aprovamos algumas coisas que eu considero importante. Primeiro, a ideia de criar um ministério da segurança pública. Essa é uma reivindicação um pouco antiga, já um pouco questionada pelos governadores há muito tempo. E eu acho que a gente vai poder consagrar isso nesta campanha e consagrar a execução, se viermos a ser eleito”, declarou Lula na época.
Mesmo se não conseguir emplacar o novo ministério com uma possível saída de Dino, parte do PT acredita que isso vai acontecer em algum momento até o final da gestão Lula 3.
Após declaração de Lula, debate retomado
Essa ideia de um novo ministério voltou ao debate após surgir a possibilidade de Dino ser indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). A ideia de parte do PT é preencher com alguém do partido o comando dessa nova pasta.
Durante a transição, parte da equipe defendia a criação de um novo ministério, mas venceu a posição de Dino, que se tornou ministro da Justiça e Segurança Pública.
