Por desastres naturais, 49% da população se mudará nos próximos anos

A análise foi feita em 34 países, e o Brasil ficou em 3º lugar entre aqueles com áreas de risco para desastres naturais. Índia ocupou 1º

atualizado 21/02/2023 13:52

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Imagem colorida mostra Cenas de lama e destruição em São Sebastião no litoral de São Paulo - Metrópoles Alfredo Henrique/Metrópoles

Pesquisa do Instituto Ipsos, divulgada nesta terça-feira (21/2), mostrou que 49% dos brasileiros acreditam que vão precisar mudar de endereço por causa das condições climáticas. A análise é um reflexo da tragédia no litoral norte de São Paulo, onde seis municípios estão em situação de calamidade pública em decorrência das chuvas intensas.

A análise foi feita em 34 países, e o Brasil ficou em 3º lugar entre aqueles com áreas de risco para desastres naturais. As mudanças devem ocorrer nos próximos 25 anos devido às mudanças climáticas. O primeiro colocado do ranking é a Índia, onde 65% das pessoas acham que vão precisar se mudar por causa das alterações bruscas no clima.

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Estado em estrada na entrada de São Sebastião, em São Paulo

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Pistas em São Sebastião, local mais atingido pelas chuvas

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Cenas do estrago das chuvas em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo

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Cenas do estrago das chuvas em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo

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Estragos na rodovia no bairro Juquey em São Sebastião, litoral norte de São Paulo

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Estragos na rodovia no bairro Juquey em São Sebastião, litoral norte de São Paulo

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Estragos na rodovia no bairro Juquey em São Sebastião, litoral norte de São Paulo

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Estragos na rodovia no bairro Juquey em São Sebastião, litoral norte de São Paulo

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Cenas de lama e destruição em São Sebastião no litoral de São Paulo

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Outro dado importante é que 71% dos brasileiros que responderam a pesquisa disseram que precisarão se mudar já nos próximos 10 anos em razão dos locais que ocupam.

Além disso, 63% dos entrevistados brasileiros afirmaram que as mudanças climáticas já tiveram um efeito grave na região em que vivem. A média global é de 56%. Nesta modalidade, onde mais pessoas disseram que desastres naturais tiveram grave efeito em suas casas, o primeiro colocado foi o México, que registrou índice de 75%.

A pesquisa Climate Change: Severity of Effects and Expectations of Displacement foi realizada pela Ipsos entre julho e agosto de 2022, com 23.507 entrevistados em 34 países.

São eles: África do Sul, Alemanha, Austrália, Argentina, Arábia Saudita, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Holanda, Hungria, Índia, Indonésia, Irlanda, Itália, Japão, Malásia, México, Peru, Polônia, Portugal, Romênia, Suécia, Suíça, Tailândia e Turquia.

Chuvas em São Paulo

Desde sábado (18/2), a situação de pelo menos seis municípios paulistas preocupa o Brasil e o mundo. Após as fortes chuvas que acometeram o litoral norte de São Paulo, o governo estadual confirmou 44 mortos e 49 desaparecidos. Até esta terça-feira (21/2), apenas sete corpos haviam sido identificados e liberados, sendo três crianças.

De acordo com o governo, há 1.730 desalojados e 766 desabrigados em todo o estado. Foram afetadas pela chuva as cidades São Sebastião, Ubatuba, Caraguatatuba, Ilha Bela, Bertioga e Guarujá. Todas decretaram estado de calamidade.

Para tentar localizar sobreviventes, equipes municipais, estaduais e federais fazem ações de resgate e salvamento desde a madrugada de domingo (19/2). No total, a força-tarefa envolve mais de 600 homens e mulheres.

Com pás e enxadas, tropas reviram a lama à procura de vítimas. Embarcações são usadas para transportar colchões e mantimentos para quem ficou ilhado. No céu, 14 helicópteros da PM e do Exército transportam efetivos aos locais de difícil acesso, socorrem feridos e removem corpos.

O que causou o fenômeno

forte chuva que atingiu o litoral de São Paulo superou as previsões e o alerta emitido pela Defesa Civil. Ana Ávila, meteorologista do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que o fenômeno climático foi provocado por alguns fatores que ocorreram simultaneamente.

“Nós tivemos uma frente fria que chegou do Sul do país e veio com bastante intensidade, acompanhada de uma massa de ar mais frio. Houve um encontro entre essa frente fria que veio do Sul com o transporte de calor e umidade vindo da região norte do País”, diz Ana.

O encontro da frente fria do sul com o calor vindo do norte ocorreu em área de instabilidade. “Havia um centro de baixa pressão na região. Esse transporte de ar mais quente e úmido favoreceu essa grande concentração de nuvens e essa chuva intensa”, afirma a especialista.

Segundo o Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), em 24 horas, entre 9h do sábado (18/2) e 9h do domingo (19/2), choveu 680 mm em Bertioga; 626 mm em São Sebastião; 388 mm no Guarujá; 337 mm em Ilhabela; 335 mm em Ubatuba; 234 mm em Caraguatatuba; 225 mm em Santos; 203 mm em Praia Grande e 186 mm em São Vicente.

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