O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs, em parceria com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, a realização de uma inédita Cúpula da Amazônia ainda neste semestre. A iniciativa foi apresentada pelo mandatário brasileiro em encontros bilaterais com chefes de Estado, no dia seguinte à posse presidencial.
O líder colombiano havia iniciado tratativas com outros líderes e sugeriu que a reunião de países Amazônicos ocorra na região de Tabatinga/Letícia, fronteira entre as duas nações.
Sobre o encontro no Itamaraty, Petro afirmou, nas redes sociais, que ele e Lula firmaram “um grande pacto para salvar a Floresta Amazônica em favor da humanidade”.
A proposta é reunir chefes de Estado ou representantes dos nove países cujos territórios abrigam o bioma. São eles: Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname.
O tema foi tratado em reuniões bilaterais com os presidentes da Bolívia, do Equador e da Colômbia, na segunda-feira (2/1), e foi bem recebido pelos chefes de Estado. Lula ainda deve conversar com as delegações do Peru e da Venezuela, que não puderam participar das reuniões previstas na data.
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A Cúpula da Amazônia deverá ser organizada pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
Segundo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o tema será uma das prioridades do novo governo. “A proposta do presidente Lula de uma Cúpula Amazônica será elaborada com grande atenção”, frisou o chanceler durante discurso de posse, na segunda-feira (2), logo após as reuniões bilaterais.
“Fortalecer a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) será fundamental para reativar a cooperação nesses [agenda ambiental] e em outros temas de interesse dos países amazônicos, bem como coordenar suas posições em foros mundiais”, afirmou Mauro.
Visitas oficiais
Recordista de viagens internacionais durante os dois primeiros mandatos, o presidente Lula tem ao menos quatro visitas oficiais a países estrangeiros previstas para o primeiro semestre. A primeira delas será para a Argentina, em 23 de janeiro, a fim de participar da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Após visitar a Argentina, Lula deverá encontrar o presidente norte-americano, Joe Biden, durante uma viagem aos Estados Unidos. O convite oficial foi feito ao mandatário brasileiro antes da posse.
Segundo a coluna do Guilherme Amado, do Metrópoles, o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, conversaram, nessa terça-feira (3/1), por 40 minutos ao telefone e ficou definido que a ida de Lula aos EUA deverá ser na primeira quinzena de fevereiro.
No primeiro semestre deste ano, Lula provavelmente viajará também para China e Portugal. Os encontros são organizados pela equipe do presidente brasileiro.
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, declarou, na segunda-feira (2/1), que o presidente Lula deverá visitar o país europeu em abril. O petista vai acompanhar a entrega do Prêmio Camões para Chico Buarque, em cerimônia adiada por Bolsonaro.
