O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (7/2) que a Advocacia-Geral da União (AGU) irá solicitar a revisão do contrato de privatização da Eletrobras.
Durante café da manhã com canais de mídia, no Palácio do Planalto, Lula criticou a privatização da empresa e definiu o processo como “errático”, “lesa-pátria” e “quase que uma bandidagem”.
“Foi feito quase que uma bandidagem para que o governo não volte a adquirir maioria na Eletrobras. Nós, inclusive, possivelmente o advogado-geral da União vai entrar na Justiça para que a gente possa rever esse contrato leonino contra o governo”, afirmou.
“Tanto na participação acionária – nós queremos ter mais gente na direção, mais gente no conselho – quanto esse negócio de que você não pode comprar porque você vai pagar três vezes mais caro. Isso é uma coisa irracional, maquiavélica, que não podemos aceitar”, prosseguiu Lula.
A privatização da Eletrobras foi feita durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), por meio de uma medida provisória editada pelo então presidente e aprovada pelo Congresso Nacional em junho de 2021.
O texto aprovado pelos parlamentares e depois sancionado por Bolsonaro determinou que o modelo de privatização da Eletrobras fosse o de capitalização, no qual são emitidas ações de modo a diminuir a participação da União no controle da empresa.
Antes da privatização, o governo tinha 60% das ações da empresa. Com a capitalização, esse percentual poderia cair para 45%. O objetivo do governo Bolsonaro era tornar o setor mais eficiente.