O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), defendeu, nesta terça-feira (17/1), a aprovação da reforma tributária. Segundo ele, as mudanças nas regras tributárias, além de uma nova proposta de âncora fiscal, “são essenciais para dar segurança jurídica” ao país.
Nessa segunda-feira (16/1), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que, se depender do governo federal, a reforma tributária será votada no Congresso Nacional ainda no primeiro semestre deste ano.
Em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto, Guimarães disse que está “afinado” com Haddad e que acredita que a proposta reforça a tese de que é preciso “ter pressa para reunir o país numa reforma tributária progressiva e justa, que contemple os entes federativos”. De acordo com o líder, esse é um dos principais desafios do governo.
“Eu acho que é um dos temas fundamentais para o país. Porque toda vez que começa um governo, se inicia essa discussão e isso não sai dos planos, fica ‘dormitando’ nas gavetas da Câmara. Eu acredito que agora é para valer”, afirmou Guimarães.
Formação da base do governo
O líder do governo na Câmara ainda disse que o Palácio do Planalto está empenhado em montar a base de Lula no Congresso antes do início do ano legislativo, marcado para o próximo dia 1º de fevereiro.
Segundo ele, os atos golpistas do último dia 8 de janeiro, quando bolsonaristas radicais invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, atrasaram os planos iniciais do governo.
“Estamos numa maratona de reuniões para concluir a formatação da base, tendo em vista o início do período legislativo, no dia 1º. Os acontecimentos terminaram atrasando muito, mas estamos trabalhando[…] para dar agilidade”, disse.
“O Brasil tem pressa de ações, por isso nós temos que concluir a montagem do governo e começar a anunciar as ações de cada ministério”, prosseguiu o deputado.