Janja diz que sofre com misoginia como primeira-dama: “Ressignificar”

Janja compareceu à formatura da Escola de Eletricistas da Neonergia, em Brasília, acompanhada da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves

atualizado 31/05/2023 12:55

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Mariana Costa/Metrópoles

A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, participou, nesta quarta-feira (31/5), da formatura da Escola de Eletricistas da Neonergia. Durante o discurso, com a fala embargada, a esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que tem sofrido misoginia pela posição que ocupa.

“Esse espaço que estou hoje ocupando, quero, nesses 4 anos, ressignificar o papel de uma primeira-dama, quero estar mais atuante e mais próxima das causas que me são mais caras: mulheres, segurança alimentar e proteção de crianças e jovens. É por isso que quero ressignificar esse papel. […] Sei o que eu estou sofrendo nesse lugar que estou ocupando hoje”, afirmou Janja.

“Talvez muitos homens não entendem o que é misoginia, mas a gente sofre todos os dias. Eu tenho sofrido todos os dias isso, mas saio daqui fortalecida. Não vou desistir, vou continuar nessa luta ao lado do presidente Lula”, pontuou a primeira-dama.

A misoginia consiste em comportamentos que sinalizam desprezo, repulsa, desrespeito ou ódio às mulheres. Consequentemente, a pessoa misógina considera que elas têm de ficar em lugares de subalternidade.

“Nós, mulheres, somos sempre pressionadas a estar no espaço que nos são designados na sociedade, no espaço do cuidado. A gente tem direito ao trabalho, ao espaço na sociedade e também participar de um Brasil mais justo solidário e igualitário”, acrescentou.

Além de Janja, prestigiaram a solenidade o secretário de Transição e Planejamento Energético, Thiago Barral, representando o ministro Alexandre Silveira; e Cida Gonçalves, ministra das Mulheres. Também marcam presença, o CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, e o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa.

“Estamos numa jornada para incluir mulheres em espaços que têm majoritariamente homens. Esse curso representa isso, a capacidade que tem uma empresa de ajudar a avançar na questão de gênero. Nós vamos começar, eu e a Janja, uma marcha contra a misoginia às mulheres. Precisamos que as empresas e homens desse país nos ajudem”, defendeu a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

Escola de Eletricistas

A Escola de Eletricistas é uma iniciativa da Neoenergia para criar oportunidades de capacitação profissional gratuita, visando propiciar a entrada no mercado de trabalho para moradores das áreas de atuação das distribuidoras de energia elétrica da empresa — Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo e Distrito Federal.

Lançada em 2017, a iniciativa promove a formação e capacitação de futuros profissionais, que, ao concluírem o programa, se tornam aptos a exercerem a função de eletricista de forma técnica e precisa. Em 2021, a companhia contratou cerca de 1,6 mil profissionais formados pelo projeto.

As aulas são realizadas em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Indústria (Senai), nos estados do Nordeste e no Distrito Federal, e a Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT/ETEC), em São Paulo.

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