Gleisi diz que Petrobras tinha “negócios suspeitos” e cita Bolsonaro

Presidente do PT, Gleisi Hoffmann saudou a iniciativa do governo de suspender a venda de ativos da Petrobras

atualizado 07/03/2023 15:04

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O presidente eleito Lula discursa ao lado da presidente do PT e membra da equipe de transição, Gleisi Hoffmann. Ele fala à imprensa - Metrópoles Reprodução

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), manifestou-se favoravelmente ao pedido feito pelo governo federal para interrupção da venda de ativos da Petrobras. Na semana passada, o Ministério de Minas e Energia enviou um ofício à empresa solicitando a suspensão das alienações de ativos por 90 dias, em razão da reavaliação da Política Energética Nacional atualmente em curso.

O pedido refere-se aos novos processos de desinvestimentos e a alguns em trâmite ou não concluídos. O Conselho de Administração da empresa ainda avalia a solicitação.

Na manifestação feita nesta terça-feira (7/3), Gleisi disse que o governo, representado pela pasta chefiada por Alexandre Silveira, “fez muito bem” ao apresentar o pedido.

“Maior empresa do povo brasileiro vinha sendo desmanchada como se fosse carro velho, em negócios suspeitos”, escreveu Gleisi. Em seguida, ela citou a venda da refinaria Landulpho Alves (Rlam), localizada em São Francisco do Conde, na Bahia, como exemplo. Na visão dela, a refinaria foi vendida para “amigos árabes” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A refinaria em questão foi vendida ao fundo Mubadala, do Emirados Árabes, que arrematou por R$ 10,1 bilhões. A Rlam tinha sido avaliada entre R$ 17 bilhões e R$ 21 bilhões pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep). Al Saud, príncipe herdeiro dos Emirados, é amigo do príncipe herdeiro da Arábia Saudita Mohammed bin Salman e seus países têm vários negócios petrolíferos casados.

A venda dessa refinaria voltou ao noticiário após vir à tona a tentativa de entrada ilegal no Brasil de joias sauditas avaliadas em R$ 16,5 milhões, como presente do príncipe saudita para o casal Bolsonaro.

Conforme revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo, as joias – um conjunto de anel, colar, brincos e relógio masculino de diamantes – foram apreendidas no dia 29 de outubro de 2021, pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos (SP). Estavam na mochila do assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que, em entrevista gravada pelos repórteres, afirmou se tratar de presentes para o ex-mandatário da República e a esposa, Michelle.

Albuquerque retornava de uma viagem oficial ao reino de bin Salman, com quem Bolsonaro falara dias antes.

A Polícia Federal (PF) instaurou nessa segunda-feira (6/3) um inquérito para investigar o episódio, que tem causado desgaste na imagem do ex-presidente.

A Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal em São Paulo quer colher os depoimentos de Bolsonaro, Michelle, do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, e de uma série de ex-assessores do ex-presidente e do ex-ministro sobre o caso da tentativa da comitiva do governo Bolsonaro de entrar ilegalmente com joias milionárias no país.

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