Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se encontrar com Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, nesta quinta-feira (20/4) durante a cúpula virtual do Fórum das Grandes Economias sobre Clima e Energia. Será a primeira vez que os dois chefes de Estado participam da mesma agenda em meio a tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos.
Durante agenda na China e nos Emirados Árabes, na última semana, Lula acusou os EUA e a Europa de prolongarem a guerra na Ucrânia, que já dura mais de um ano. Em resposta, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, disse, na segunda-feira (17/4), que o Brasil “papagueia propaganda russa e chinesa” sobre o conflito entre russos e ucranianos. O Itamaraty, por sua vez, rechaçou a crítica à política externa brasileira.
Na segunda, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, se reuniu com o Encarregado de Negócios da Rússia, Sergey Lavrov. Em declaração conjunta após o encontro, o russo disse, sem citar a guerra na Ucrânia, que Brasil e Rússia dividem uma “visão similar” sobre os acontecimentos globais. Lula e Lavrov ainda tiveram uma reunião reservada, sem declarações à imprensa.
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O Fórum das Grandes Economias sobre Clima e Energia, voltado ao debate sobre mudanças climáticas, é realizado pelo governo norte-americano. O convite para o Brasil participar do evento foi feito antes das declarações de Lula.
O presidente Joe Biden deve discursar na abertura da cúpula virtual. Lula também tem uma fala prevista, mas os detalhes de seu discurso ainda estão sendo fechados, segundo auxiliares do presidente.
Conversa entre assessores de Lula e Biden
Na noite dessa terça-feira (18/4), o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, e o assessor especial de Lula, Celso Amorim, conversaram por telefone sobre a guerra na Ucrânia.
Segundo a Casa Branca, os dois ainda trataram de relações bilaterais e globais.
“Eles discutiram uma série de questões bilaterais e globais, incluindo a guerra da Rússia contra a Ucrânia, a cooperação contínua para combater a mudança climática e proteger o meio ambiente, o G20 e nossos esforços compartilhados para salvaguardar as instituições democráticas”, informou o governo dos EUA em comunicado.
