Celso Amorim diz que “não interessa a ninguém uma Rússia debilitada”

Declaração do assessor para Assuntos Internacionais da Presidência ocorre após mercenários agirem contra o governo de Vladimir Putin

atualizado 26/06/2023 15:24

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Imagem colorida do ex-chanceler Celso Amorim, atual assessor especial de Lula - Metrópoles UFBA/Divulgação

O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou nesta segunda-feira (26/6) que “não interessa a ninguém” uma Rússia “debilitada” e “enfraquecida”.

A declaração de Amorim ocorre concomitantemente ao motim dos mercenários do grupo Wagner, organizado no último fim de semana, contra o governo de Vladimir Putin, da Rússia. Os mercenários são comandados por Yevgeny Prigojin.

“A gente não sabe ainda como vai se desdobrar, mas evidente [que] nós temos todo o interesse que volte à normalidade. Eu acho que não interessa a ninguém uma Rússia debilitada, enfraquecida. Eu acredito que vá voltar à normalidade”, disse Amorim a jornalistas, no Palácio Itamaraty.

Amorim acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na recepção ao presidente da Argentina, Alberto Fernandez, que faz nesta segunda, a quarta visita de Estado ao Brasil.

Entenda o caso

Na última sexta-feira (23/6), o fundador e líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigojin, afirmou que militares russos atacaram seus homens e prometeu vingança contra o comando militar do país.

No dia seguinte, Prigojin disse que cruzou a fronteira entre a Ucrânia e a Rússia com seus homens em direção à cidade russa de Rostov, no sudoeste do país. Bloqueios foram montados em estradas da região pelas autoridades de segurança locais.

Já nesta segunda-feira, Prigojin voltou atrás e disse que o foco não era a derrubada do presidente russo, Vladimir Putin. Em um vídeo de 11 minutos, Prigojin informou que o objetivo da marcha era apenas um protesto para “não permitir a destruição do grupo Wagner”.

O empresário reiterou que a marcha em direção a Moscou revelou “problemas de segurança muito sérios”. Ele também criticou as forças militares da Rússia. Segundo ele, a invasão à Ucrânia terminaria “muito mais cedo” caso atuassem com a mesma eficácia do grupo Wagner.

Famosos por utilizar técnicas de guerra com requintes de crueldade, os mercenários que provocaram uma crise no Kremlin acumulam acusações de extermínio, estupros coletivos e tortura. Marca registrada do grupo, o primeiro registro de ataque a “marteladas” foi em 2017, quando um soldado do exército do governo, liderado por Bashar Al-Assad, foi torturado.

Lula evitou comentar sobre a crise

Em coletiva de imprensa na saída de Paris, na França, o presidente Lula evitou falar sobre o tema. Ele apenas afirmou que não tinha informações suficientes para opinar sobre a situação da Rússia.

“Não, eu não posso falar. Lamentavelmente eu não posso falar porque eu não tenho as informações necessárias para te falar. Eu, quando chegar ao Brasil, que eu me informar de tudo o que aconteceu ontem, que tiver várias informações, aí eu posso te falar, mas agora seria chutar, sabe, de forma precipitada uma informação que eu não tenho. Eu ouvi dizer, mas não tenho informação e eu pretendo não falar de uma coisa tão sensível sem ter as informações necessárias”, pontuou o petista.

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