Deputados bolsonaristas, Coronel Meira (PL-PE) e Carla Zambelli (PL-SP) acionaram o Ministério Público contra o evento anual do Foro de São Paulo, que começa nesta quinta-feira (29/6) em Brasília. O encontro reunirá o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com demais representantes da entidade, fundada em 1990.
Os parlamentares denunciam a “presença de representantes de governos ditatoriais”, referindo-se aos líderes de Cuba, Venezuela e Nicarágua. Também reclamam sobre a participação do partido Comunes da Colômbia, a quem associam às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O Foro de São Paulo se estenderá até o dia 2 de julho, no Hotel San Marco, região central de Brasília. O encontro contará com workshops e palestras de representantes da Frente Sandinista de Libertação Nacional, da Nicarágua de Daniel Ortega; do Partido Socialista Unido da Venezuela, de Nicolás Maduro; e o Partido Comunista Cubano.
“No evento, são divulgados ideias e ideais autoritárias relacionados a esses regimes, o que vai contra a Constituição, como o princípio da soberania nacional, a proibição de financiamento estrangeiro aos partidos políticos e o princípio da moralidade”, comunicam Meira e Zambelli, em nota conjunta.
Outro alvo dos parlamentares bolsonaristas é o chamado “Arraiá do PT”, festa junina cujos ingressos são vendidos por até R$ 5 mil. De acordo com Meira e Zambelli, por ser realizada em meio a um evento com partidos estrangeiros, levaria a arrecadação irregular, em desconformidade com a Lei dos Partidos Políticos, que veda de captação de recursos de origem internacional.
“Diante do perigo representado, os parlamentares pediram ao Ministério Público que tome as medidas necessárias para suspender imediatamente o Foro de São Paulo, expulsar os ditadores do país e responsabilizar o PT por violar a Lei dos Partidos Políticos e a Constituição Federal, nos pontos mencionados”, resume a nota.
