As investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre o caso do ator Jeff Machado mostram que sua morte foi premeditada. Os investigadores encontraram os restos mortais de Jeff (foto em destaque), 44 anos, em 22 de maio, queimados e amarrados dentro de um baú de madeira enterrado e concretado a dois metros de profundidade num terreno em Campo Grande, no Rio.
Segundo os agentes que investigam o crime bárbaro, os suspeitos utilizaram o sonho de Jeff em deslanchar na carreira artística para obter vantagem financeira. Uma das provas é que o produtor Bruno de Souza Rodrigues, que está foragido, havia “prometido” um papel para Jeff em novela da TV Globo. Em troca, receberia do ator R$ 20 mil.
Longe de casa e dos parentes, ele era a “vítima perfeita”. De acordo com os investigadores, os suspeitos consideravam o ator a “vítima perfeita” para que eles obtivessem vantagens econômicas, uma vez que se tratava de um jovem que não tinha familiares no município do Rio de Janeiro, morava sozinho, em um imóvel situado em local ermo, e não tinha emprego fixo.
“Todos esses fatores favoreceriam consideravelmente que fosse criada uma história no sentido de que a vítima havia se mudado em busca de novos desafios profissionais, sem que isso pudesse, à primeira vista, ser vislumbrado como algo totalmente anormal”, destacou a polícia ao pedir a prisão dos dois homens.
Um dos suspeitos foi preso nessa sexta-feira (2/6). Jeander Vinícius da Silva Braga, 29 anos, confessou envolvimento no crime. O ator foi asfixiado com um fio de metal, na própria casa, em Guaratiba, na zona oeste do Rio, em 23 de janeiro.
Segundo as investigações, Jeff foi colocado em um baú e transportado para uma casa alugada por Bruno em Campo Grande, também na zona oeste. Bruno e Jeff tiveram um relacionamento, que se transformou em amizade.
Os dois suspeitos responderão pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O inquérito ainda não foi concluído.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, Jeff Machado foi morto no dia 23 de janeiro. A família, que mora em Araranguá, Santa Catarina, viajou para o Rio e fez o registro do desaparecimento no dia 4 de fevereiro.
