PM que levou mordida de mulher pode ter sido abusivo com ela, diz MPGO

O policial, que perdeu parte do dedo ao ser mordido durante abordagem, é investigado por abuso de autoridade em outro processo

atualizado 09/02/2023 8:40

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Imagem colorida mostra a mão do policial militar. A ponta do polegar, onde agressão ocorreu, está borrada digitalmente PM

Goiânia – O Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu a revogação da prisão da mulher suspeita de agredir e arrancar parte do dedo polegar de um subtenente da Polícia Militar (PM) durante uma abordagem, em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital goiana. De acordo com o órgão, o homem pode ter agido de forma abusiva.

A situação ocorreu durante uma luta corporal deflagrada em meio a uma abordagem da Polícia Militar (PM) em um depósito de bebidas. Fernanda Ferreira de Sousa, de 26 anos, trabalhava no local. O caso aconteceu no último sábado (4/2), mas foi divulgado apenas na terça-feira (7/2), mesma data do pedido do MPGO.

No documento, assinado pelo promotor Marcelo Faria da Costa Lima, ele aponta que as marcas e hematomas no rosto das mulheres deixam claro que foram agredidas pelo subtenente Uanderson Braz da Cruz. “A feição das conduzidas evidenciam de modo muito contundente a prática de agressões praticadas pelos policiais militares. Ignorar isso é ignorar o óbvio. Obviamente, toda a ação deverá ser melhor apurada em sede do caderno policial”, afirmou.

A companheira de Fernanda, Hellen Cristina Ferreira Souza, de 21 anos, que também foi presa na abordagem, foi incluída no pedida do soltura. Ainda de acordo com o promotor, ele não entende como as suspeitas foram presas por agredir o militar, sendo que ele é investigado por abuso de autoridade durante o procedimento.

“O contexto em que se deram os fatos é estranho o suficiente para colocar em dúvida a lisura da ação policial e, consequentemente, decretar uma prisão preventiva cuja premissa básica é a existência de indícios idôneos de autoria e materialidade”, concluiu Marcelo.

Abordagem registrada

Ao G1, o advogado de defesa das mulheres afirma que suas clientes agiram em legítima defesa diante de uma suposta agressão dos policiais,  deferida porque elas estariam filmando a abordagem.

A Polícia Militar diz que as mulheres foram abordadas, mas desacataram os policiais, questionando a competência dos agentes e sugerindo que realizassem a abordagem em outros estabelecimentos. A mulher mais velha estaria fumando e teria direcionado a fumaça ao rosto dos policiais. Após informarem que seria realizado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por desacato, elas receberam voz de prisão, o que deu início à luta corporal.

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