O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, confirmou os planos de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realize lives em redes sociais para falar diretamente com a população. De acordo com Pimenta, o objetivo é “aprofundar” assuntos que o governo considera importantes.
“O presidente Lula fala muito com a imprensa, deu várias entrevistas coletivas, exclusivas, fez café com jornalistas, fala em todos os atos e costuma conversar com a imprensa após os atos. E vai continuar fazendo isso, mas é necessário que, como a gente tem vontade de chamar a atenção e aprofundar um pouco mais uma conversa sobre um determinado assunto, que a gente possa fazer isso tendo um tempo, tendo um foco”, disse o chefe da Secom, nesta sexta-feira (14/4), em entrevista pelo YouTube para o canal da revista Carta Capital.
Pimenta não detalhou os planos sobre formato e frequência dessas lives. Desde que a possibilidade foi revelada pelo ministro, aliados do presidente estão desconfiados porque lives pelas redes se tornaram uma marca do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que realizava transmissões todas as quintas-feiras. “Hoje em dia é quase impossível se imaginar um líder político que não se utilize das possibilidades de comunicação que as novas tecnologias e as ferramentas oferecem”, contemporizou o ministro, na entrevista ao jornalista André Barrocal.
“Vamos pegar por exemplo a volta da viagem para a China, que tem toda uma repercussão. É bom, por exemplo, que o presidente faça uma live sobre a viagem, falando hipoteticamente. Que ele possa aprofundar, pois ele não vai fazer isso numa coletiva ou entrevista exclusiva”, seguiu Pimenta, sobre o assunto. “Onde é o local que ele tem para detalhar uma viagem dessas?”, questionou Pimenta.
E completou: “Ou vamos pegar, por exemplo, a ministra Nísia [da Saúde], que está muito preocupada com o tema das fake news na questão da vacina, querendo chamar a atenção pra esse tema. Nós queremos que as pessoas compreendam, então, por que não ter um momento em que o Lula converse com a Nísia sobre isso? Então, acho que é uma ferramenta complementar que não tem porque não ser utilizada”.
