A Pfizer pretende apresentar o pedido de registro da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nas próximas semanas. O imunizante foi aprovado nesta semana na Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória dos Estados Unidos, e também na União Europeia.
O VSR é a principal causa de internação de crianças com até quatro anos no Brasil. O vírus gera quadros de bronquiolite, infecções respiratórias e pneumonia.
A vacina Abrysvo, da farmacêutica estadunidense, é voltada para dois públicos distintos. Gestantes com 32 a 36 semanas de gravidez poderão ser vacinadas para imunizar os bebês, assim como idosos a partir de 60 anos.
“No caso da aplicação em gestantes, a resposta imunológica gerada pela vacina foi capaz de prevenir 82% de formas graves de doenças respiratórias em crianças de até três meses, seguindo com 69% até os seis meses. Já em idosos, o imunizante mostrou alta eficácia contra quadros graves, de 85,7%”, informou a Pfizer em nota.
Os estudos clínicos da farmacêutica demonstraram efetividade da vacina na proteção de idosos, grupo de risco para quadros respiratórios graves, e de recém-nascidos e bebês com até seis meses de idade, principal grupo de risco para formas graves de infecções pelo VSR.
Em maio, o Ministério da Saúde publicou nota técnica em que alerta sobre o aumento de casos de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças no país. Os quadros eram, sobretudo, de vírus sincicial respiratório (VSR). De acordo com o documento, a alta é observada desde o fim de 2022.
