Pesquisadores encontram 4 sítios arqueológicos em Marajó, no Pará

Seca em Marajó revela achados arqueológicos indígenas de cerâmica, possivelmente de 3.500 anos atrás

atualizado 19/01/2024 17:27

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Imagem de objetos de cerâmica encontrados por pesquisadores, no rio Marajó

Pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) encontraram quatro sítios arqueológicos com artefatos de cerâmica no município de Anajás, no arquipélago de Marajó, no Pará.

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Peças encontradas durante pesquisa no Marajó
Trabalho de pesquisa em sítios arqueológicos no Marajó
Sítios Arqueológicos encontrados após seca no Marajó
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Objetos de cerâmicas achados no rio Marajó, de 3.500 anos atrás

Rossimar Soares / Museu Emílio Goeldi
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Peças encontradas durante pesquisa no Marajó

Ouripson Félix/Divulgação
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Trabalho de pesquisa em sítios arqueológicos no Marajó

Chayenne Furtado/Divulgação
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Sítios Arqueológicos encontrados após seca no Marajó

Ouripson Félix

“Os novos achados são importantes para a arqueologia amazônica. Encontramos nesta breve visita um padrão de ocorrência de tesos (aterros construídos pelos povos de Marajó), que, aparentemente, se replica ao longo do Anajás e outras regiões a leste do Marajó. Talvez aqui estejamos no que foi o início de organização regional de uma sociedade com altíssimo conhecimento do ambiente, que criou e replicou sistemas de assentamentos altamente interconectados. Trata-se de um verdadeiro urbanismo amazônico muito antigo”, explicou a pesquisadora que lidera a equipe, Helena Pinto Lima.

Os achados foram descobertos por moradores das comunidades da Pedra e Laranjal, após as fortes secas que assolam a região do Alto Rio Anajás. Eles acionaram o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e demais órgãos para que as peças fossem analisadas.

Estudos científicos sobre a área mostram que era habitada há cerca de 3.500 anos por grupos que tinham como principais atividades caça, pesca, coleta e cultivo de raízes, como a mandioca.

Além disso, pesquisas arqueológicas revelam que essas sociedades tinham conhecimento de produções de peças em cerâmica para uso doméstico, além de manejo ecológico dos recursos naturais disponíveis.

Durante a vistoria, os pesquisadores usaram um drone com sensor, o LiDAR (Light Detection And Ranging, em inglês), para mapear toda a região, que é acessada apenas por barcos. A tecnologia permite o sensoriamento remoto e a geração de imagens tridimensionais a partir de pulsos de luzes infravermelhas.

O trabalho teve parceira com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), além dos pesquisadores e técnicos do museu. O espaço também foi registrado no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA), como procedimento da legislação federal.

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