PE: testemunha de mortes de PMs que sobreviveu a chacina está na UTI

Cinco pessoas da família de suspeito foram mortas horas após dois policiais militares serem assassinados em Camaragibe, na Grande Recife

atualizado 19/09/2023 12:15

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Montagem com fotos coloridas de policiais mortos em ocorrência em Camaragibe em Pernambuco - Metrópoles Montagem/ Reprodução

A única testemunha ainda viva da morte de dois policiais militares em Camaragibe, Região Metropolitana de Recife, Pernambuco, está em estado grave na UTI de um hospital local. Horas depois do assassinato dos PMs, o suspeito de matá-los e cinco pessoas da família dele foram mortos a tiros. Os crimes aconteceram na semana passada, entre quinta-feira (14/9) e sexta-feira (15/9).

Essa única testemunha das mortes dos policiais é uma jovem grávida de 18 anos. Ela estava dentro do lote em que fica sua casa, quando o suspeito Alex da Silva, o Alex Samurai, de 33 anos, entrou no local, depois de pular uma mureta para fugir de dois policiais.

Do lado de dentro, Alex teria matado os dois PMs, Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos, e Rodolfo José da Silva, de 38. Nessa troca de tiros, a jovem grávida foi atingida na região da cabeça. Ela perdeu massa encefálica e ficou cega do olho esquerdo.

Isso é o que conta o advogado da família da grávida baleada, Jean William Bezerra. Ainda não se sabe o que aconteceu no momento das mortes dos PMs, mas o advogado suspeita que Alex fez a jovem de escudo humano. Ela está sedada e entubada na UTI do Hospital da Restauração, em Recife. Alex e cinco pessoas da família dele foram mortos.

Veja as vítimas:

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Ágata filmou a própria morte

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Apuynã Lucas, de 25 anos

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PM Eduardo Roque

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Nathalia Nascimento, companheira de Alex Samurai

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Alex Samurai, de 33 anos

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Maria José, mãe de Alex Samurai

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PM Rodolfo José

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Amerson Juliano, de 25 anos

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Sobreviventes

Alex tinha registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) e não possuía antecedentes criminais. Ele morava na mesma rua em que a grávida de 18 anos, mas não tinha ligação com ela, segundo o advogado.

Essa situação começou quando os dois policiais militares foram atender a uma ocorrência de disparo de arma de fogo. Segundo testemunhas, Alex costumava praticar tiro em um matagal próximo de casa.

A família da jovem grávida vende lanches em frente ao local em que mora, um lote com três casas. Eles estavam cuidando desse comércio de lanches, quando foram abordados pelos policiais, de acordo com o advogado.

Nesse momento, Alex teria chegado armado e passou a correr dos PMs, pulando a mureta para dentro do lote da família.

“Começou então a troca de tiro. Não se sabe quem atirou primeiro”, relatou o advogado Jean William Bezerra.

Família amedrontada

Após o tiroteio, Alex Samurai fugiu e o pai da jovem grávida socorreu a filha usando um carro de passeio.

Segundo o advogado da família da grávida, ainda depois do tiroteio, novas equipes policiais chegaram até o local e atiraram em um adolescente de 14 anos, primo da jovem, depois de dar um tapa nele e jogá-lo no chão. O tiro passou de raspão na cabeça. Ele também está hospitalizado.

Ainda de acordo com o advogado da família, o irmão da jovem baleada foi torturado por policiais militares, que inicialmente achavam que ele tinha relação com o assassino dos policiais.

Familiares da garota prestaram depoimento na Polícia Civil nessa segunda-feira (18/9) e no Ministério Público nesta terça-feira (19/9). É analisada a possibilidade de eles entrarem no programa de proteção à testemunha.

“Os familiares estão muito amedrontados, não podem ver um carro de polícia que ficam com medo. Inclusive houve uma relutância muito grande deles para depor, porque achavam que era uma emboscada”, disse o advogado.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Defesa Social (equivalente a Segurança Pública) de Pernambuco e aguarda um retorno. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), falou sobre os assassinatos na sexta. Ela disse que foram crimes bárbaros que “deverão ser investigados.”

Mãe e irmã mortas

Três irmãos de Alex Samurai foram executados a tiros por homens encapuzados em Camaragibe na madrugada de sexta. São eles Ágata Ayanne da Silva, de 30 anos, Amerson Juliano da Silva, de 25, e Apuynã Lucas da Silva, também de 25 anos.

No momento em que os homens encapuzados e armados chegaram na casa da família, Ágata pegou o celular e começou a transmitir um vídeo ao vivo pelo Instagram. No entanto, isso não intimidou os atiradores, que executaram os três irmãos. Ágata transmitiu a própria morte pelas redes sociais.

Os corpos da mãe de Alex, Maria José Pereira da Silva, e da companheira dele, Nathália Nascimento, foram encontrados em um canavial de Paudalho (PE).

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