O cumprimento de mandados de busca e apreensão na casa e no gabinete do deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) está sendo alvo de críticas de parlamentares aliados dele, que é líder da oposição ao governo Lula no Congresso Nacional. Jordy foi alvo, na manhã desta quinta-feira (18/1), da operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que investiga, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), executores, financiadores e incitadores dos atos antidemcráticos de 8 de janeiro de 2023.
“Um absurdo sem tamanho. Isso sim é uma violência contra um Poder”, protestou, nas redes sociais, a deputada federal Bia Kicis (PL-DF). “Invadir a casa e o gabinete de um parlamentar. E diga-se que um parlamentar que não cometeu crime, é um líder dedicado e, só por acaso, pré-candidato à prefeitura de Niterói. Toda minha solidariedade a você”, complementou ela.
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) se juntou ao coro: “Isso é o mais completo absurdo!! O Brasil se igualou a Venezuela. Minha total e irrestrita solidariedade ao nosso líder da oposição”, escreveu ele.
Nas redes sociais, o ex-presidente da Fundação Cultural Palmares Sérgio Camargo comparou o caso de Jordy com o do ex-deputado federal Daniel Silveira. “A busca e apreensão ordenada pelo STF contra Carlos Jordy deixa claro que outros deputados da direita podem terminar como Daniel Silveira. Não há imunidade parlamentar para quem questiona o poder, e fazer oposição virou uma atividade de alto risco no Brasil. Típico de ditaduras.”
“A operação de hoje da Polícia Federal a mando de Alexandre de Moraes não foi contra o deputado federal Carlos Jordy: foi contra toda a oposição da qual ele é O líder e é mais um ataque à democracia e ao Estado de Direito”, escreveu o general Paulo Chagas ex-candidato ao Governo do Distrito Federal.
Jordy também se manifestou, classificando o ministro Alexandre Moraes, do STF, que autorizou a operação, como alguém que “se julga o dono do Brasil”. Ele também negou qualquer incitação aos atos antidemocráticos. Veja:
Segundo investigações da PF, mensagens comprovam que o deputado federal Carlos Jordy passou orientações sobre atos golpistas a bolsonaristas do Rio de Janeiro.
Policiais federais fizeram buscas na Câmara dos Deputados e nos endereços ligados ao parlamentar no Distrito Federal e no Rio de Janeiro. É a primeira vez que um deputado é alvo de busca e apreensão no âmbito da Lesa Pátria.
A PF acredita que as mensagens trocadas podem ter servido como “atos preparatórios” para os ataques que ocorreram em 8/1 do ano passado.
Veja imagens na Câmara dos Deputados da operação que mirou Carlos Jordy:
