O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, parabenizou nesta quarta-feira (2/8) a operação da Polícia Federal (PF) contra a deputada federal Carla Zambelli (PL) e Walter Delgatti, conhecido como o “hacker da Vaza Jato”. Delgatti foi preso preventivamente em São Paulo.
“Revelações gravíssimas! Parabéns à Polícia Federal pelo seu papel institucional de investigar quem financiou e quem tentou impedir o voto popular de ser soberano no nosso país. Estão vendo, mais uma vez, o envolvimento direto de parlamentares ligados ao Bolsonaro, de uma parlamentar envolvida diretamente, segundo as apurações da Polícia Federal, no planejamento de buscar adulterar o sistema eleitoral brasileiro”, disse Padilha.
Segundo Padilha, a operação traz evidência de que houve uma tentativa de “dar um golpe no país”.
No total, a PF cumpriu quatro mandados de busca e apreensão nesta quarta. Tanto o apartamento funcional quanto o gabinete da deputada foram alvos da operação, em Brasília. Delgatti foi preso em São Paulo.
O objetivo da operação é esclarecer como ocorreu a invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
De acordo com a Polícia Federal, os crimes aconteceram em 4 e 6 de janeiro deste ano. Nas datas, foram inseridos no sistema do CNJ e de outros tribunais brasileiros 11 alvarás de soltura de presos e um mandado de prisão falso contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Segundo as investigações, a invasão ocorreu “com a utilização de credenciais falsas obtidas de forma ilícita”. Isso configuraria crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.
Em pronunciamento após a operação desta quarta, Zambelli afirmou que não teme cassação de seu mandato como deputada federal.
“Não temo nada”, declarou. “Estou de consciência tranquila. Sei que a verdade aparece com o tempo.”
