O novo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Oliveira, defendeu que a corporação pode participar, de forma excepcional, de operações conjuntas em comunidades cariocas. A declaração foi dada por Oliveira após tomar posse do cargo, nesta quarta-feira (8/2).
Em maio de 2022, a PRF participou de uma operação na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, que terminou com 25 mortos. Na época, o presidente Jair Bolsonaro parabenizou os policiais pela ação.
A participação da polícia foi possível graças a portarias do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) que aumentavam a possibilidade de atuação da PRF.
“Eu acredito que seja um equívoco dizer que a gente não possa atuar. O nosso campo principal de atuação são as rodovias. Em que pese, com convênios, com as instituições que podem atuar ali (nas favelas), e em apoio a essas instituições, excepcionalmente, a polícia (PRF) pode estar dando apoio a essas. Mas necessariamente, de forma ordinária, atuaremos nas rodovias fazendo segurança viária, que é onde a gente faz as melhores entregas a sociedade. A portaria é do MJ, muito provavelmente, ela será alterada, se não já foi”, disse o novo diretor-geral.
Ao ser questionado se a PRF deve apoiar essas operações, Fernando Oliveira disse: “Eu não disse que ela deve, eu disse que ela pode de forma excepcional, em apoio a instituições”, afirmou.
Ainda em maio do ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) questionou a participação da PRF na operação da Vila Cruzeiro por entender que a Polícia Rodoviária Federal deve fazer o patrulhamento ostensivo das rodovias federais e, no caso da Vila Cruzeiro, nem uma rodovia federal cruzava a comunidade.