No Senado, Vieira diz que Brasil luta por corredor humanitário em Gaza

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, diz a senadores que o governo brasileiro atua para evitar a escalada dos conflitos

atualizado 18/10/2023 15:45

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mauro vieira no senado Geraldo Magela/Agência Senado

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse nesta quarta-feira (18/10), em comissão no Senado, que o Brasil “não poupará esforços” para conseguir criar um corredor humanitário na Faixa de Gaza e permitir a saída de civis da zona de guerra entre o grupo extremista armado Hamas e Israel. O país sofreu atentado terrorista do grupo islâmico no último dia 7  de outubro e declarou guerra.

Mais cedo, em entrevista coletiva no Itamaraty, Vieira lamentou o veto à proposta brasileira para uma resolução sobre o conflito entre Israel e o Hamas em reunião no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), com um cessar-fogo imediato. Agora no Senado, ele frisou que a proposta tinha como principal objetivo o corredor humanitário.

“Preocupa-nos, também, o risco de transbordamento do conflito para países da região onde igualmente residem milhares de Brasileiros”, disse. Existem atualmente, segundo o ministro, cerca de 50 brasileiros na Faixa de Gaza, e milhares em Israel.

“Defendemos que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas, pedimos a Israel o cessar do bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. Destacamos a urgência de um cessar-fogo humanitário e exortamos as partes a respeitarem o direito humanitário internacional”, frisou.

Mauro Vieira afirmou que é “inadmissível” a continuidade dos ataques à infraestrutura civil, como ocorreu na última terça-feira (17) em um hospital na Faixa de Gaza, que resultou na morte de cerca de 500 pessoas. 

O ministro afirmou que o Brasil possui compromissos históricos com Israel, e também com a “legítima aspiração do povo palestino de construir seu próprio estado”.

“É nosso dever e prioridade atender a ambos o mais rapidamente possível”, disse. Nesta quarta-feira (18/10), o ministro retorna a Nova York para continuar com as discussões no Conselho de Segurança da ONU.

A oposição no Congresso Nacional tem cobrado do Brasil uma postura mais firme contra o grupo Hamas, pedindo para que o governo passe a chamá-lo de grupo terrorista.

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Palestinos deixam suas casas em segurança em meio aos destroços de edifícios destruídos após o ataque aéreo israelense no bairro de Tel al-Hawa enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia na Faixa de Gaza em 16 de outubro de 2023
Vista de um edifício residencial destruído após os ataques aéreos israelenses em Rafah, Gaza
Serviços de emergência palestinos e cidadãos locais procuram vítimas em edifícios destruídos durante os ataques israelenses em Khan Yunis
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Ataque ao hospital al-Ahli Arab na Faixa de Gaza, nesta terça-feira (17/10)

Reproducão
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Arte / Metrópoles
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Palestinos deixam suas casas em segurança em meio aos destroços de edifícios destruídos após o ataque aéreo israelense no bairro de Tel al-Hawa enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia na Faixa de Gaza em 16 de outubro de 2023

Ali Jadallah /Anadolu via Getty Images
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Vista de um edifício residencial destruído após os ataques aéreos israelenses em Rafah, Gaza

Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images
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Serviços de emergência palestinos e cidadãos locais procuram vítimas em edifícios destruídos durante os ataques israelenses em Khan Yunis

Ahmad Hasaballah/Getty Images
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Cidadãos palestinos inspecionam sua casa destruída durante os ataques israelenses no sul da Faixa de Gaza em 16 de outubro de 2023 em Khan Yunis, Gaza

Ahmad Hasaballah/Getty Images

Mauro Vieira voltou a ser questionado sobre a questão durante a audiência na Comissão de Relações Exteriores no Senado, e repetiu uma justificativa que tem sendo usada, de que o Brasil segue sempre o entendimento do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que ainda não chama o grupo de terrorista.

“Sobre declarar o Hamas uma organização terrorista ou não, foge, no momento, à nossa política, porque declaramos os países ou organizações ou pessoas que são designadas como tal pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, que é o órgão encarregado por velar pela paz e segurança internacional. O Conselho não classificou o Hamas como organização terrorista. Portanto, o Brasil segue essa orientação”, disse.

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